Casal se refugia em barco para escapar de lava nas Ilhas Canárias
Alemães haviam posto a embarcação à venda antes de o Cumbre Vieja entrar em erupção, em La Palma
Internacional|Do R7
Juergen Doelz e sua namorada, Jacqueline Rehm, estavam vendendo seu pequeno veleiro na ilha espanhola de La Palma quando o vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção, forçando-os a fugir de casa e se mudar para o barco.
Doelz, de 66 anos, e Rehm, de 49 anos, que são da Alemanha, vinham tentando vender o barco para juntar dinheiro depois que ela perdeu o emprego em uma locadora de automóveis devido à pandemia do novo coronavírus.
Em 19 de setembro, quando o vulcão começou a cuspir lava incandescente a apenas 4 quilômetros de sua casa, em Todoque, o casal tinha acabado de voltar de uma viagem com um comprador em potencial. A venda havia fracassado, porque a embarcação "não era esportiva o suficiente", disse Doelz à Reuters sobre o barco, atracado no porto de Tazacorte.
Poucas horas depois, eles foram obrigados a sair da casa alugada, com terraço e vista para o mar. Tiveram que deixar para trás a maior parte de seus pertences.
"Felizmente, ainda tínhamos o barco... E desde então vivemos nele. É pequeno, mas está bem", disse Doelz, que é aposentado.
Correntes de lava devastaram mais de 600 hectares de terra e destruíram perto de 1.600 estruturas em La Palma. Aproximadamente 6 mil pessoas foram retiradas de suas casas na ilha, que tem cerca de 83 mil habitantes.
"Mudamos para cá [La Palma] há dois anos e meio, e depois de meio ano encontramos a casa dos nossos sonhos... Perdê-la depois de dois anos é difícil", afirmou Doelz.
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Embora a lava ainda não tenha atingido sua casa, eles acreditam que é apenas uma questão de tempo, depois que o fluxo destruiu a casa de seus vizinhos suíços. A erupção não dá sinais de diminuir.
“Ficaremos no barco enquanto não soubermos o que fazer a seguir. Ficamos aqui ou vamos talvez para outra ilha, como Tenerife? Não faço ideia, não sei. Está escrito nas estrelas", explicou Rehm.