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Cazaquistão promete eliminar 'terroristas' após onda de protestos

Autoridades afirmam que tropas da aliança militar liderada pela Rússia estão protegendo instalações estratégicas do país

Internacional|Do R7

Ao menos 164 pessoas morreram durante protestos
Ao menos 164 pessoas morreram durante protestos

As autoridades do Cazaquistão disseram, neste domingo (9), que a situação no país já está se estabilizando, após o período de maior agitação política em 30 anos de independência, e que tropas da aliança militar liderada pela Rússia estão protegendo instalações estratégicas da nação.

Oficiais de segurança afirmaram ao presidente Kassym-Jomart Tokayev que seguem as operações de "limpeza" no país, uma ex-república soviética da Ásia Central que faz fronteira com a Rússia e a China e tem na produção de petróleo seu carro-chefe.

Milhares de pessoas foram detidas e prédios públicos foram incendiados durante protestos em massa contra o governo na semana passada. Tokayev emitiu ordens de atirar para matar e assim acabar com os distúrbios, causados por "bandidos" e "terroristas", segundo ele.

O canal de TV estatal Khabar 24 disse que 164 pessoas foram mortas, informaram as agências de notícias Tass e Sputnik. Mas o Ministério da Saúde não confirmou as informações, alegando ser assunto de polícia. Já as forças policiais disseram à Reuters que o ministério deve ser consultado.


A convite de Tokayev, a CSTO (Organização do Tratado de Segurança Coletiva), liderada pela Rússia, enviou tropas para restaurar a ordem, uma intervenção que ocorre em meio a um momento de alta tensão nas relações entre Rússia e EUA, às vésperas das negociações entre esses dois países a respeito da crise na Ucrânia.

"Uma série de instalações estratégicas agora estão sob proteção do contingente de manutenção da paz dos Estados-membros da CSTO", disse o gabinete presidencial, detalhando o briefing de segurança emitido por Tokayev.

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