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Cerveja, flores ou dinheiro: EUA incentiva vacinação contra a covid

Apesar de 56% dos adultos do país já terem recebido pelo menos uma dose, número diário de aplicações vem diminuindo

Internacional|Da AFP

EUA oferece brindes para quem for vacinado
EUA oferece brindes para quem for vacinado

Uma cerveja, um bolo, flores e até mesmo dinheiro. Nos Estados Unidos, as iniciativas se multiplicam para convencer os indecisos a se vacinarem contra a covid-19.

Quase 56% dos adultos do país, ou mais de 145 milhões de pessoas, receberam pelo menos uma dose. Mas o número diário de doses administradas está diminuindo e as autoridades querem convencer os indiferentes ou céticos a se vacinarem.

O presidente Joe Biden iniciou uma "nova fase" de imunização na terça-feira (4) com a meta de pelo menos uma injeção em 70% dos adultos e 160 milhões de americanos totalmente imunizados até o feriado nacional de 4 de julho.

Para atingir esse objetivo, anunciou parcerias com supermercados para garantir promoções aos compradores que se vacinarem. Os descontos variam de US$ 5 (R$ 26,73) por compra a 10% do valor da compra, afirmou Andy Slavitt, assessor da Casa Branca na luta contra a covid-19.


Algumas ligas esportivas importantes também oferecem ingressos grátis ou descontos nas lojas, informou. Os fãs de beisebol que se vacinarem no estádio dos Yankees ou no do Mets no dia da partida receberão entrada gratuita, anunciou o governador de Nova York, Andrew Cuomo.

E para chegar a um posto de vacinação, as plataformas Uber e Lyft VTC prometem viagens gratuitas ou a preços reduzidos.


As lojas de suplementos nutricionais Vitamin Shoppe oferecem descontos aos clientes que apresentarem seu cartão de vacinação.

E para quem adora doces, a rede Krispy Kreme promete um donut grátis por dia até o final do ano para quem se vacinar.


Para convencer os indecisos, a marca oferece todas as segundas-feiras até o final de maio um café com bolo grátis "para começar bem a semana", além de escolher a vacina desejada. Os estados também querem convencer com a bebida alcoólica favorita dos americanos.

O governador de Nova Jersey, Phil Murphy, prometeu uma cerveja grátis até o final do mês para qualquer pessoa com mais de 21 anos, a idade mínima para beber, que receber a primeira dose da vacina.

A prefeita de Washington, Muriel Bowser, anunciou uma cerveja grátis em troca da vacina de dose única da Johnson & Johnson. Mas a promoção é limitada a algumas horas na quinta-feira e em um único posto de vacinação.

Prioridade aos jovens

Antecipando o Dia das Mães, que é comemorado no domingo nos EUA, as autoridades municipais de Washington vão oferecer 300 buquês de flores para quem for vacinado na véspera. Eles também poderão fazer uma tatuagem de curta duração "Vacinado para a mamãe" até o final do mês.

Em um país onde os trabalhadores estão longe de ter férias remuneradas garantidas, mais de mil empresas garantem a seus funcionários períodos de descanso remunerado para serem vacinados, disse Slavitt.

No final de abril, a administração Biden anunciou créditos fiscais para pequenas e médias empresas que oferecerem licenças remuneradas para seus funcionários receberem sua injeção e se recuperarem de possíveis efeitos colaterais. Mas a melhor motivação é o dinheiro.

O governador de Maryland, Larry Hogan, anunciou na segunda-feira que os funcionários estaduais receberiam US$ 100 se fossem vacinados, uma oferta válida pelos próximos 18 meses.

"Esse tipo de incentivo é outra forma de enfatizar a importância da vacinação", afirmou Hogan, incentivando as empresas a fazer o mesmo para convencer seus funcionários.

Em West Virginia, onde a vacinação está aberta a partir dos 16 anos, o governador Jim Justice está oferecendo US$ 100 em títulos de capitalização para jovens de 16 a 35 anos, a faixa etária mais relutante em se vacinar. "É imperativo que nossos jovens sejam vacinados", declarou na semana passada.

De acordo com uma pesquisa de março da Kaiser Family Foundation, 25% dos jovens com entre 18 e 29 anos preferem "esperar" antes de serem vacinados, em comparação com 17% da população total. Apenas 13% dos entrevistados indicaram que se recusam a receber a vacina.

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