Chanceler russo diz que curdos devem se adequar às leis sírias
Ministro russo ressaltou necessidade de um diálogo entre Turquia e Síria, afirmando que a Rússia pode 'estimular e proporcionar' contatos
Internacional|Da EFE
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta segunda-feira (21) que todas as estruturas curdas na Síria deveriam se integrar às leis sírias, e destacou a disposição do governo russo em propiciar um diálogo entre Ancara e Damasco.
"Precisamos chegar a uma situação na qual todas as estruturas dos curdos em território sírio estejam solidamente integradas à legalidade da Síria na Cosntituição", disse Lavrov em entrevista coletiva ao lado da chanceler da Bulgária, Ekaterina Zakharieva.
Dessa forma, segundo Lavrov, não haverá grupos armados ilegais na Síria e "não haverá do território sírio nenhuma ameaça à segurança da Turquia e de outros países".
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O ministro russo ressaltou a necessidade de um diálogo entre Turquia e Síria, afirmando que a Rússia pode "estimular e proporcionar" esses contatos.
"É evidente que o diálogo entre Ancara e Damasco deve se apoiar no Acordo de Adana de 1998, que é uma base jurídica vigente e que ambas as partes confirmaram recentemente, inclusive no contexto dos atuais acontecimentos", disse o ministro, em alusão à operação militar lançada pela Turquia no nordeste da Síria.
Tal acordo turco-sírio foi assinado para conter as atividades do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), grupo considerado terrorista pela Turquia.
"Se as partes (Turquia e Síria), no andamento dos contatos, considerarem necessário e aceitável precisar ou modificar tal acordo, será a decisão deles, e nós, claro, a respaldaremos", explicou Lavrov.
O Acordo de Adana permite que as tropas turcas penetrem até cinco quilômetros no território sírio para combater o PKK.
O ministro das Relações Exteriores também negou que Moscou esteja intermediando para uma reunião turco-síria na cidade de Sochi, onde na terça-feira os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, abordarão a situação na Síria.