Charles 3º deixará príncipe Harry e Meghan usarem mansão de onde foram despejados

O rei emprestará o imóvel ao casal se ambos comparecerem à cerimônia de coroação do monarca, que acontecerá em maio

06/03/2023 - 15h54 (Atualizado em 20/04/2024 - 03h59)

O rei do Reino Unido, Charles 3º, teria permitido a Harry e Meghan que usem a casa de Frogmore Cottage durante a cerimônia de coroação do monarca, programada para o início de maio. A ironia é que o duque e a duquesa de Sussex foram despejados, na última semana, justamente dessa mansão.

De acordo com o portal britânico LBC, o casal confirmou que recebeu o convite para a coroação, mas não declarou se comparecerá à grande cerimônia. Atualmente, Harry e Meghan moram na Califórnia, Estados Unidos.

A mansão de Frogmore Cottage foi um presente de casamento concedido pela rainha Elizabeth 2ª a Harry e Meghan, em 2018. A casa tem cinco quartos e fica perto do Castelo de Windsor — o imóvel mais conhecido da realeza britânica.

A casa foi alvo de uma grande polêmica nos últimos anos, graças aos custos da reforma promovida pelo duque e pela duquesa. Cerca de R$ 15 milhões do dinheiro dos contribuintes do Reino Unido foram gastos nas obras, o que provocou revolta e culminou na devolução do valor integral por parte de Harry.

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Com o despejo, acredita-se que o casal espera que a Coroa britânica devolva o valor da reforma.

“Harry e Meghan renovaram [o contrato de aluguel] no ano passado, tenho certeza de que estão de olho nesse dinheiro de volta”, explicou a especialista em família real Roya Nikkhah.

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A ida do duque e da duquesa de Sussex à coroação do rei pode ser um sinal de reaproximação do casal com a monarquia. A relação complicada dos dois com o restante do Palácio de Buckingham foi agravada com as revelações de Harry na autobiografia O que Sobra.

O livro, sucesso de vendas no Reino Unido, conta o dia a dia difícil de Harry com Charles e William, além dos traumas de uma adolescência com drogas e baseada em uma busca por aceitação.

Conheça monarquias marcadas por polêmicas

A família real britânica é marcada pela tradição, mas também por um histórico de polêmicas. Com o lançamento do livro de memórias do príncipe Harry, Spare (O que Sobra, em português), os escândalos da realeza ficaram ainda mais em evidência. No entanto, engana-se quem acredita que Charles 3º, William e Harry são os únicos a estarem envolvidos em eventos que geraram discussão. Conheça outras monarquias marcadas por situações controversas

*Estagiária do R7, sob supervisão de Lucas Ferreira

Família real de Mônaco

A vida pessoal do príncipe Albert 2º de Mônaco é marcada por polêmicas. Por muitos anos, ele foi apelidado de "Playboy de Mônaco", o que se acreditava que mudaria com a ascensão dele ao trono, em 2005. No entanto, nos últimos anos, Albert descobriu três filhos ilegítimos, sendo uma provável filha brasileira, e viu a esposa, Charlene, viajar por meses para a África do Sul, levantando suspeitas de uma possível crise no casamento

Família real dos Emirados Árabes Unidos

Em 2010, um integrante da família real de Abu Dhabi chegou a ser detido pela polícia após acusações de tortura. Em uma fita de vídeo, imagens mostram o xeque Issa bin Zayed al-Nahyan, irmão do então presidente dos Emirados Árabes Unidos, o xeque Khalifa bin Zayed, ao espancar um homem, disparar tiros de raspão com um rifle e passar de carro por cima dele. No entanto, Al-Nahyan foi inocentado depois de a corte aceitar os argumentos de que ele havia sido drogado e "não estava consciente de suas ações"

Família real da Espanha

O rei Felipe 6º, da Espanha, assumiu o trono com o desafio de reconquistar um país onde o apoio à monarquia estava em baixa devido a uma série de escândalos. O pai do monarca, o então rei Juan Carlos, realizou uma polêmica viagem em abril de 2012 para caçar elefantes em Botsuana e viu a filha mais nova, irmã de Felipe, e o marido serem investigados por corrupção. O monarca, porém, também quebrou tradições ao se casar, em 2004, com Letizia Ortiz, uma plebeia, divorciada e jornalista, algo inédito na história da monarquia espanhola

Família real de Essuatíni

Casado com 13 mulheres, o rei de Essuatíni, Mswati 3º, descobriu em 2010 que a 12ª esposa, Nothando Dube, de 22 anos, estava tendo um caso com Ndumiso Mamba, ministro da Justiça do país e amigo pessoal. Na época, os dois foram presos e Mamba, que era casado, foi acusado de "transgredir a casa de outro homem", e pode ser condenado à morte. Já Nothando Dube ficou em prisão domiciliar e enfrenta a possibilidade de ser banida da Essuatíni

Família real da Bélgica

Outra família real que passou por escândalos foi a da Bélgica. Em um livro sobre a monarquia belga, foi afirmado que o rei Philippe seria ‘gay’ e teria um casamento de fachada. A informação foi negada pela Casa Real, que emitiu um comunicado onde dizia que a publicação difundia uma imagem "irreal e ofensiva" dos reis e dos príncipes. Enquanto isso, o irmão mais novo do monarca, príncipe Laurent, gerou polêmica ao reclamar de um corte de parte do salário real, ocorrido após ele supostamente violar ordens do primeiro-ministro. O pai de ambos, o rei Albert 2º, ainda teve uma filha fora do casamento, que só foi reconhecida após batalha judicial

Família real de Luxemburgo

A grã-duquesa de Luxemburgo, Maria Teresa, se envolveu em polêmicas, após o governo do país ter pedido, em 2020, um relatório sobre o funcionamento e os gastos da Casa Grã-Ducal, de forma que fosse explicada a saída de mais de 30 funcionários, cerca de um terço do total de trabalhadores, desde 2015. De acordo com a imprensa local, tantas baixas na equipe teriam sido provocadas pela grã-duquesa por supostamente criar um ambiente tenso no palácio e deixar os funcionários pouco confortáveis. O grão-duque Henri emitiu um comunicado em defesa da esposa e questionou os ataques

Família real da Arábia Saudita

Uma festa ocorrida em 2015 em uma mansão do príncipe Majed Abdullah bin Abdulaziz Al Saud bin, filho do ex-rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz Al-Saud, nos EUA, se tornou caso de polícia após ele ter sido acusado de estuprar três funcionárias durante o evento, no qual não faltou álcool e cocaína. Outra polêmica que envolveu a realeza da Arábia Saudita ocorreu em 2018, quando o jornalista saudita exilado Jamal Khashoggi entrou no consulado saudita da Turquia e foi assassinado por um esquadrão da morte

Família real da Suécia

O rei Carl 16º Gustaf é outro monarca que tem a trajetória marcada por polêmicas. O soberano teria mantido um relacionamento extraconjugal com a cantora Camilla Henemark durante anos e também era frequentador assíduo de festas com mulheres, segundo um livro publicado pelo jornalista Thomas Sjöberg. Além disso, o rei removeu os títulos reais de cinco netos que não estão na linha direta de sucessão do trono. A decisão responde a uma pressão sobre o alto custo de manter tantos membros da família real em funções oficiais

Família real da Noruega

A princesa Märtha Louise, filha do rei Harald 5º e da rainha Sonja, da Noruega, anunciou em 2019 que abdicaria do título para assuntos que não envolvem a monarquia. A decisão ocorreu após ela e o namorado anunciarem uma turnê intitulada "A Princesa e o Shaman", que gerou críticas no país por ela supostamente estar usando o status real para lucrar. Assim, ela optou por usar o título apenas quando estiver representando a família real da Noruega ou em situações privadas

Família real dos Países Baixos

Em 2021, a família real holandesa precisou se desculpar após o rei Willem-Alexander e a esposa, a rainha Máxima, resolverem celebrar o aniversário de 18 anos da filha mais velha, a princesa Amalia. No entanto, o evento, que aconteceu nos jardins do palácio Huis ten Bosch em Haia, foi bastante criticado devido aos números crescentes de casos de Covid-19, não só na Holanda, mas na Europa inteira

Família real de Liechtenstein

O príncipe Emanuel von und zu Liechtenstein, sobrinho de 32 anos de Hans-Adam 2º, foi acusado em 2021 de matar um dos maiores ursos-pardos da Europa. Além da caça do animal não ter sido autorizada, algumas das pessoas que estavam junto com ele não teriam permissão para porte de arma, o que levou o caso a ser investigado

Família real da Jordânia

Também em 2021, o rei Abdullah 2º, da Jordânia, colocou o meio-irmão dele, príncipe Hamzah, em prisão domiciliar, após ele ter sido acusado de conspiração contra o reino, uma crise sem precedentes que abalou a monarquia. Como parte do caso, dois ex-altos funcionários, Bassem Awadallah, ex-chefe do gabinete real, e Cherif Hassan bin Zaid, primo distante do rei, foram condenados a 15 anos de prisão

Família real da Dinamarca

A rainha Margrethe 2ª foi outra monarca que decidiu, em 2022, retirar os títulos reais de quatro netos sob o pretexto de que ela deseja que eles vivam a própria vida, sem nenhuma obrigação com a casa real. A decisão, no entanto, não agradou todo mundo e o príncipe Joachim, pai das crianças que tiveram os títulos retirados, afirmou: "Estamos todos muito tristes. Nunca é divertido ver seus filhos sendo maltratados assim"

Família real do Lesoto

Apesar de a monogamia ser comum em países no Ocidente, o mesmo não ocorre na outra parte do mundo. Em razão disso, o rei Letsie 3º causou polêmica ao romper o costume da poligamia, adotado pelos ancestrais, e anunciar o casamento com a estudante Karabo Morsoeneg. "Ela será a única", afirmou

A família real britânica é marcada pela tradição, mas também por um histórico de polêmicas. Com o lançamento do livro de memórias do príncipe Harry, Spare (O que Sobra, em português), os escândalos da realeza ficaram ainda mais em evidência. No entanto, engana-se quem acredita que Charles 3º, William e Harry são os únicos a estarem envolvidos em eventos que geraram discussão. Conheça outras monarquias marcadas por situações controversas *Estagiária do R7, sob supervisão de Lucas Ferreira