Internacional Chefe de grupo paramilitar russo anuncia tomada completa da cidade ucraniana de Bakhmut

Chefe de grupo paramilitar russo anuncia tomada completa da cidade ucraniana de Bakhmut

Anúncio foi feito por Yevgueni Prigozhin em vídeo, em que aparece com dois homens armados, divulgado neste sábado (20)

AFP
Bakhmut, na Ucrânia

Bakhmut, na Ucrânia

AFPTV/AFP - 28.2.2023

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgueni Prigozhin, reivindicou neste sábado (20) a captura completa da cidade ucraniana de Bakhmut, cenário da batalha mais longa e sangrenta da ofensiva da Rússia. O anúncio foi feito em vídeo divulgado por seu serviço de imprensa no Telegram, em que aparece diante de dois homens armados que agitavam uma bandeira russa, cercados por edifícios em ruínas.

"Em 20 de maio de 2023, hoje, ao meio-dia, Bakhmut foi tomada em sua totalidade", anunciou Prigozhin. "A operação para tomar Bakhmut durou 224 dias. (...) Aqui só estava o Wagner. Até 25 de maio vamos demarcar completamente a cidade, criar posições defensivas e a transferiremos aos militares, para que se encarreguem. De nossa parte, voltaremos às bases", completou.

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A importância estratégica de tomar Bakhmut, epicentro dos combates dos últimos meses no leste da Ucrânia, foi questionada por observadores. Ambos os lados sofreram muitas baixas nesta batalha, a mais longa e sangrenta do conflito.

A Ucrânia afirmou nesta semana que recuperou mais de 20 km² das forças russas, ao norte e ao sul da cidade, reconhecendo também um avanço dos combatentes do Wagner na mesma cidade, onde apenas um pequeno reduto ucraniano resistia, a oeste.

As laterais, por onde os ucranianos asseguram ter avançado nos arredores de Bakhmut, estão nas mãos de tropas do Exército russo, as quais Yevgueni Prigozhin acusou de abandonarem suas posições.

"Não lutamos apenas contra o Exército ucraniano em Bakhmut, mas também contra a burocracia russa, que colocou pedras em nosso caminho", declarou Prigozhin, que neste sábado voltou a criticar o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigú, e o chefe do Estado-Maior, Valeri Guerasimov.

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