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Chefe do necrotério de Harvard é acusado de roubar e vender partes de corpos humanos

Cedric Lodge permitia que clientes examinassem cadáveres dentro da universidade para escolherem o que queriam

Internacional|Do R7

O diretor do necrotério da renomada Faculdade de Medicina de Harvard Cedric Lodge
O diretor do necrotério da renomada Faculdade de Medicina de Harvard Cedric Lodge

O diretor do necrotério da renomada Faculdade de Medicina de Harvard supostamente retirou do local, sem permissão, partes de corpos, que depois vendeu, informaram nesta quarta-feira (14) procuradores dos Estados Unidos.

Cedric Lodge, 55 anos, foi acusado de traficar restos humanos roubados, apontou em comunicado o procurador Gerard Karam. "Alguns crimes desafiam o entendimento."

"É extremamente perverso quando se pensa que as vítimas se ofereceram voluntariamente para que seus restos mortais fossem usados para educar profissionais da medicina e promover a ciência e a cura", acrescentou Karam.

Lodge, sua mulher, de 63 anos, e outros cinco possíveis cúmplices foram acusados de participar de uma "rede nacional" de compra e venda de restos humanos. Segundo a promotoria, entre 2018 e 2022 Lodge "roubou órgãos e outras partes de corpos doados para pesquisa médica e educação antes de suas cremações".


Lodge é acusado de levar os restos de Havard, em Boston, até sua casa, em Goffstown, New Hampshire, onde, juntamente com sua mulher, os vendeu a dois outros acusados: Katrina Maclean e Joshua Taylor.

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Às vezes, Lodge "permitia que Katrina e Taylor entrassem no necrotério e examinassem os cadáveres, para escolher qual comprar", destacou a promotoria. Segundo os procuradores, Maclean e Taylor revendiam os restos em seguida.


A acusação afirmou que Katrina enviou pele humana a Taylor para que a "queimasse" para produzir couro, informou o jornal "The Boston Globe".

Lodge estava a cargo do programa de doações anatômicas do necrotério de Harvard. A universidade informou que ele foi demitido em 6 de maio.


Outra acusada supostamente roubou restos de um necrotério do Arkansas no qual trabalhava, incluindo corpos de dois bebês natimortos que deveriam ser incinerados e devolvidos às suas famílias.

Outros dois acusados supostamente compraram e venderam restos entre si, trocando mais de US$ 100 mil dólares (cerca de R$ 485 mil) em pagamentos eletrônicos.

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