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Chefes diplomatas da Rússia e EUA conversarão sobre crise na Ucrânia

Telefonema que ocorrerá nesta terça-feira (1º) será crucial para decidir os próximos passos no conflito na fronteira ucraniana

Internacional|

O secretário de Estado dos EUA cumprimenta o ministro das Relações Exteriores da Rússia
O secretário de Estado dos EUA cumprimenta o ministro das Relações Exteriores da Rússia O secretário de Estado dos EUA cumprimenta o ministro das Relações Exteriores da Rússia

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, conversará nesta terça-feira (1º) por telefone com o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, para decidir os próximos passos na crise ucraniana.

Após trocas de mensagens por escrito entre os dois antigos inimigos na Guerra Fria, chegou o momento de retomar a discussão verbal, com a ligação telefônica crucial. 

O governo dos Estados Unidos recebeu uma resposta por escrito da Rússia à sua mensagem da semana passada sobre a crise na Ucrânia, informou nesta segunda-feira (31) um porta-voz da diplomacia americana, sem revelar o teor da carta.

O principal obstáculo para a crise persiste: Moscou exige que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) feche a porta para a adesão de mais países do leste da Europa, em particular a Ucrânia. A demanda é considerada inaceitável pelos ocidentais, especialmente Washington, porque seria o equivalente a reconhecer que a Rússia tem uma esfera de influência reservada. 

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A conversa acontecerá após o intenso debate nesta segunda-feira no Conselho de Segurança da ONU entre Rússia e Estados Unidos, que abordou a concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia. 

Os países ocidentais acusam o Kremlin de ter mobilizado mais de 100 mil soldados na fronteira ucraniana, como planejamento para uma possível invasão.

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A Rússia nega qualquer intenção de atacar o país vizinho e afirma que exige "garantias" formais de segurança, como o compromisso jurídico de que a Ucrânia nunca entrará para a Otan

Os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte rejeitam as demandas cruciais do governo russo, mas Washington deixou a porta aberta para negociações sobre outros temas, como a instalação de mísseis ou os limites recíprocos dos exercícios militares. 

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"Histeria"

Durante a reunião do Conselho de Segurança, o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, acusou Washington de querer propagar "histeria" e "enganar a comunidade internacional com acusações infundadas". 

Sua colega americana, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que a mobilização de mais de 100 mil militares russos perto da Ucrânia ameaça "a segurança internacional". Alegando ter provas, ela acusou Moscou de querer enviar no início de fevereiro mais de 30 mil soldados adicionais à Belarus, cujo regime é muito próximo do Kremlin.

As manobras diplomáticas prosseguem, assim como os preparativos de sanções. Estados Unidos e Reino Unido, que é uma das zonas de investimentos favoritas dos oligarcas russos, afirmaram nesta segunda-feira que pretendem atingir os bolsos do círculo próximo do poder russo e daqueles vinculados ao Kremlin. 

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Caso a intenção de Londres persista, os milionários russos correrão o risco de congelamento de ativos no Reino Unido e a impossibilidade de entrar em seu território. 

E será igualmente impossível para uma empresa ou indivíduo do Reino Unido fazer transações com eles.

"Não vamos recuar e ficar quietos, ouvindo as ameaças de sanções dos Estados Unidos", afirmou a embaixada russa em Washington em um texto publicado em sua página do Facebook.

Boris Johnson em Kiev

Os europeus não querem ficar para trás nos esforços diplomáticos de Washington. No mesmo dia da conversa por telefone dos chefes da diplomacia americana e russa, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, visitará Kiev para uma reunião com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

"Exortamos a Rússia a retroceder e iniciar um diálogo para encontrar uma solução diplomática e evitar novos banhos de sangue", pediu em um comunicado publicado nesta segunda-feira o chefe de governo britânico, que espera se reunir com presidente russo Vladimir Putin ainda nesta semana. 

O primeiro-ministro britânico vai apresentar uma proposta à Otan nesta semana para a mobilização de tropas em resposta à crescente "hostilidade russa" com a Ucrânia.

Zelensky afirmou nesta terça-feira que o apoio diplomático e militar ao país é o maior e mais incondicional registrado desde 2014, quando Moscou anexou a Crimeia.

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, também viajará a Kiev. E o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, se reunirá com Putin em Moscou, uma visita criticada pela oposição húngara, levando em consideração as tensões com a Ucrânia. 

Na frente militar, os movimentos continuam: vários países ocidentais anunciaram nos últimos dias o envio de novos contingentes ao leste da Europa. 

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