Chega a 124 o número manifestantes pró-Mursi mortos no Cairo
Contagem foi feita na praça Rabaa al-Adawiya, o quartel-general dos manifestantes
Internacional|Do R7
Ao menos 124 partidários do presidente islamita destituído Mohamed Mursi foram mortos nesta quarta-feira (14) na operação das forças de segurança para evacuar os manifestantes acampados em duas praças no Cairo, informou um jornalistsa da AFP que fez a contagem dos corpos em três necrotérios improvisados.
Esse balanço, feito na praça Rabaa al-Adawiya, o quartel-general dos manifestantes que a ocupam há mais de um mês, não conta com possíveis mortos em outras áreas da capital, como a praça Nahda.
Forças de segurança do Egito se movimentam para retirar acampamentos ocupados por apoiadores do presidente deposto Mohammed Mursi. Testemunhas dizem que 40 pessoas já foram mortas, mas a Irmandade Mulçumana, grupo político de Morsi, acredita que esse número já passou de cem.
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Os tumultos no país começaram no dia 3 de julho, dia em que Mursi foi deposto, e um ano após ele ter sido eleito.
Reação internacional
A situação do Egito, país árabe mais populoso, preocupa a comunidade internacional. O presidente turco, Abdullah Gul disse, disse nesta quarta-feira (14) que a intervenção armada contra civis que se manifestam a favor do presidente destituído Mohamed Mursi é inaceitável.
— O que aconteceu no Egito, esta intervenção armada contra civis que se manifestam, não pode de maneira alguma ser aceita.
O presidente turco, que também expressou seu temor de uma situação que resulte num conflito similar ao da Síria, pediu a todas a partes a agir com calma.
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Em Londres ministro das Relações Exteriores, William Hague condenou o uso da força para desalojar os manifestantes acampados nas praças egípcias."Estou muito preocupado com a escalada de violência e a instabilidade no Egito", indicou o ministro das Relações Exteriores, William Hague, em um comunicado.
— Condeno o uso da força para dispersar as manifestações e peço às forças de segurança que atuem com moderação.
O Irã também condenou a matança no Egito depois da operação das forças de segurança que deixou dezenas de mortos entre a Irmandade Muçulmana, segundo um comunicado publicado pela agência Fars.
"O Irã acompanha de perto os amargos acontecimentos no Egito (...) condena a matança da população e adverte sobre suas graves consequências", indica o texto.
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