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Chernobyl está em situação 'cada vez mais difícil', diz agência

Colaboradores da usina continuam os trabalhos para restaurar o fornecimento de eletricidade para a planta nuclear

Internacional|Do R7


Usina nuclear de Chernobyl conta com sarcófago após explosão na década de 1980
Usina nuclear de Chernobyl conta com sarcófago após explosão na década de 1980

A equipe técnica da antiga usina nuclear de Chernobyl, no norte da Ucrânia, atualmente controlada pela Rússia, está enfrentando "condições cada vez mais difíceis", à medida que funcionários continuam os trabalhos para restaurar o fornecimento de eletricidade para a usina, segundo informou nesta sexta-feira (11) a Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica).

"Os técnicos começaram a reparar as linhas de energia danificadas" no início desta semana, disse o diretor-geral da Aiea, Rafael Grossi, em comunicado.

De acordo com informações transmitidas à agência nuclear da ONU pelo órgão regulador nuclear da Ucrânia, uma seção foi reparada, mas a energia da área externa ainda está inoperante.

"O trabalho de reparo continuará apesar da situação difícil fora da usina nuclear", acrescentou Grossi.

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Embora os geradores a diesel de emergência estejam fornecendo energia de reserva, "ainda é importante consertar as linhas de energia o mais rápido possível", enfatizou o diretor-geral da Aiea.

Apesar dos problemas, a Aiea garante que não há risco de "impacto crítico" no local, onde existem instalações de gerenciamento de resíduos radioativos, "uma vez que o volume de água de resfriamento da instalação de combustível gasto é suficiente para manter a remoção de calor sem fornecimento de eletricidade".

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Por outro lado, a agência "expressou preocupação com a disponibilidade de estoques de alimentos" para os 211 técnicos e guardas que estão na fábrica desde que a Rússia lançou a ofensiva militar na Ucrânia, há mais de duas semanas, e "enfrentam condições cada vez mais difíceis".

Além disso, o órgão regulador ucraniano perdeu a comunicação com a usina e não pode fornecer informações à Aiea sobre o controle radiológico da instalação, embora continue recebendo informações sobre a situação "por meio dos altos funcionários da usina fora do local", disse o comunicado.

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Sobre a situação das usinas nucleares em operação na Ucrânia, que são quatro, o regulador confirmou que oito dos quinze reatores ainda estão em operação, incluindo dois na usina nuclear de Zaporizhzhia, com níveis de radiação normais.

Zaporizhzhia, a maior usina nuclear da Europa, tem quatro linhas de alta-tensão (750 kV) fora da usina, além de uma reserva adicional.

Duas dessas linhas foram danificadas nos recentes combates na área; assim agora existem duas linhas elétricas, mais uma de reserva, à disposição da central, onde "também está sendo feito um trabalho de detecção e eliminação de munições não detonadas encontradas em seu centro de formação danificado".

Nessa central, o pessoal ucraniano que operava a fábrica estava em rodízio de acordo com o horário habitual, mas, segundo o regulador, "a presença de forças estrangeiras na área está afetando o moral do trabalho e causando pressão".

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Danos adicionais também foram relatados em uma nova instalação de pesquisa nuclear na cidade de Kharkiv. Como seu material nuclear é "subcrítico", a Aiea considera que o dano "não teria nenhuma consequência radiológica".

No que diz respeito à perda parcial de transmissão para a Aiea de dados remotos sobre material nuclear e atividades em usinas nucleares, o sistema ainda está fora de serviço em Chernobyl e há "problemas intermitentes" da usina da Ucrânia do Sul.

Por outro lado, a partir de Zaporizhzhia a transmissão foi restaurada, segundo detalhou a Aiea.

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