Chile atrasa toque de recolher após melhora na pandemia
Medidas que impedem o trânsito noturno atrasaram uma hora no país, que já vacinou 60% da população com pelo menos uma dose
Internacional|Da EFE
As autoridades sanitárias chilenas informaram nesta segunda-feira (17) que o toque de recolher que impede o trânsito noturno atrasou uma hora, decisão que se toma devido à "ligeira melhora" nos números da pandemia covid-19 no país , explicou a subsecretária de Prevenção ao Crime, Katherine Martorell.
A proibição de estar na rua e movimentar-se entrará em vigor a partir da próxima quarta-feira às 22h00, em vez das 21h00 como está estipulado há mais de um mês.
“Assim como decisões difíceis foram tomadas em tempos difíceis que restringiram a liberdade das pessoas de cuidar de sua saúde e de sua vida, hoje temos a possibilidade de dar mais uma hora”, acrescentou Martorell.
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Nas últimas semanas, a detecção de novas infecções pelo novo coronavírus manteve-se estável, em torno de 6.000 casos diários, e aos poucos as unidades especializadas da rede hospitalar foram descomprimidas, após um grave pico pandêmico que atingiu o país no mês de abril.
Após a aplicação de mais de 66 mil exames nas últimas 24 horas, foram identificados 5.566 novos casos, dos quais 3.645 apresentavam sintomas e 1.431 eram assintomáticos; o número total de infectados desde o início da pandemia, em março de 2020, chega a 1,2 milhão.
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Até o momento, 2.969 pessoas estão hospitalizadas devido a doenças respiratórias, com 2.490 pacientes necessitando de suporte de ventilação mecânica. Além disso, o Ministério da Saúde informou a morte de 102 pessoas no último dia, elevando o número de mortes confirmadas pelo vírus para 27,9 mil.
O Chile implantou um dos processos de vacinação mais bem-sucedidos do mundo, inoculando até agora mais de 60% da população (mais de 9 milhões de pessoas) com uma dose.
49% dos chilenos, entretanto, já receberam as 2 doses, principalmente Coronavac, do laboratório chinês Sinovac — do qual o país recebeu cerca de 15 milhões de doses —, enquanto o restante foi inoculado com as vacinas da Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca.
Hoje, a campanha de vacinação em massa passa a ter como foco a população mais jovem, entre 30 e 40 anos, um dos segmentos mais atingidos nas últimas semanas.
“Convocamos os mais jovens a se vacinarem”, afirmou a subsecretária de Saúde Pública, Paula Daza, acrescentando que “hoje 30% dos internados são menores de 40 anos e 20% nas UTIs têm menos de 40 anos”.