Chile: manifestantes denunciam queimadura química em protestos
Várias pessoas reclamaram de ardência na pele após serem atingidas pelo líquido amarelado que saiu dos canhões do caminhão 44, nesta sexta (10)
Internacional|Mariana Ghirello Do R7, com agências internacionais
Manifestantes chilenos voltaram a reclamar de queimaduras na pele e intoxicação após serem atingidos pelos jato d'água provenientes dos caminhões antidisturbios. Em imagens publicadas nas redes socais, é possível ver que o líquido muda de cor e fica amarelado.
Justiça do Chile proíbe blindados com jato d'água em protestos
Durante os protestos na praça Itália desta sexta-feira (10), em Santiago, pessoas que foram atingidas pelo jato d'água do blindado marcado com o número 44 reclamaram de ardência na pele e nos olhos, e alguns chegaram a vomitar, segundo relatos.
O uso de substâncias químicas foi questionado e proibido pela Justiça chilena em dezembro de 2018. Na ocasião, foi indentificado o uso de soda cáustica misturado na água lançada pelos caminhões blindados.
O governo do Chile enfrenta uma onda de protestos que se espalhou pelo país desde outubro do ano passado. Entre as reivindicações mais comuns está a do alto custo de vida, os baixos salários e aposentadorias, serviços públicos caros, e ainda a constituição elaborada ainda na ditadura de Augusto Pinochet.
Em dezembro, Sebastián Piñera promulgou uma lei que aprovou uma nova constituição para o país. A proposta, feita pelo Congresso chileno, estabelece um tempo máximo para a duração da elaboração do novo texto e deverá contar com a particpação de representantes populares. O plebiscito está marcado para ocorrer em abril.