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Internacional China anuncia acordo com os EUA para 'reforçar ação climática'

China anuncia acordo com os EUA para 'reforçar ação climática'

Países são os dois principais emissores dos gases do efeito estufa e terão planos concretos para combater aquecimento global

AFP
China e Estados Unidos emitem, juntos, 40% dos gases do efeito estufa do planeta

China e Estados Unidos emitem, juntos, 40% dos gases do efeito estufa do planeta

Jeff J. Mitchell/POOL/AFP

A China chegou a um acordo com os Estados Unidos para "fortalecer a ação climática", disse o enviado especial chinês para o clima, Xie Zhenhua, na COP26, em Glasgow.

"Ambas as partes reconhecem que há uma lacuna entre os esforços atuais e os objetivos do Acordo de Paris, por isso vamos reforçar em conjunto a ação climática", disse o funcionário, em entrevista coletiva, durante a conferência sobre mudança climática.

China e Estados Unidos são os dois principais emissores dos gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. Juntos, emitem cerca de 40% do total.

Xie explicou que o acordo inclui "planos concretos" ao longo desta década, e que Pequim e Washington estão empenhados em "trabalhar para finalizar o código de regras" do Acordo de Paris de 2015, um dos objetivos das negociações em Glasgow.

“China e Estados Unidos, as duas superpotências mundiais, têm que assumir a responsabilidade de trabalhar junto com outras partes no combate às mudanças climáticas”, acrescentou.

Pouco depois, o enviado especial dos Estados Unidos, John Kerry, tomou o pódio, saudando um "roteiro" que visa definir "como vamos limitar o aquecimento e trabalhar juntos".

Em particular, o documento menciona uma redução significativa nas emissões de metano, um gás do efeito estufa até 80 vezes mais poderoso que o gás carbônico.

Xie garantiu que esse novo plano conjunto, uma novidade inesperada em Glasgow, foi executado após 30 reuniões virtuais durante dez meses.

Kerry e Xie expressaram sua esperança de que esse acordo impulsione as negociações em Glasgow, onde os quase 200 países que assinaram o Acordo de Paris de 2015 devem concordar com novas metas para combater o aquecimento global.

Pouco antes, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, havia pedido à imprensa um "impulso decisivo" para fechar as negociações até sexta-feira, quando termina oficialmente a COP26.

Após o anúncio, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, elogiou o "acordo de hoje entre a China e os Estados Unidos, visando um trabalho conjunto para tomar medidas climáticas mais ambiciosas durante esta década".

No Twitter, ele enfatizou que enfrentar a crise climática "requer colaboração e solidariedade internacional".

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