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China critica 'interferência externa' em assuntos da Venezuela

País, que é aliado do governo de Nicolás Maduro vetou proposta dos EUA sobre novas eleições e defendeu que crise deve ser resolvida internamente 

Internacional|Da EFE

China defende que crise deve ser resolvida internamente
China defende que crise deve ser resolvida internamente

A China defendeu nesta sexta-feira (01) seu veto à resolução dos Estados Unidos no Conselho de Segurança das Nações Unidas que pedia a realização de eleições livres na Venezuela ao considerar que a saída para a crise deve ser decidida "de forma independente" pelos venezuelanos e não por "interferência externa".

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, justificou sua rejeição à resolução ao assegurar que Pequim apoia o governo de Nicolás Maduro em seus esforços para garantir a independência, soberania e estabilidade do país, e defendeu que "seu povo decida de forma independente".

"Apoiamos uma solução pacífica, e a estabilidade e o desenvolvimento em longo prazo da América Latina. Nos opomos à interferência externa nos assuntos internos da Venezuela e à intervenção militar", comentou o porta-voz chinês.

Com isso, Pequim fez um pedido ao governo "e à oposição (venezuelanos) para buscar uma solução política através do diálogo e das negociações dentro da Constituição e da Lei".


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A China e a Rússia vetaram ontem a resolução apresentada pelos EUA no Conselho de Segurança sobre a Venezuela, em uma votação na qual nove países apoiaram o plano de Washington, três o rejeitaram e outros três se abstiveram.

"Esperamos que a comunidade internacional possa fazer algo mais que ajude realmente a promover a estabilidade nacional, o crescimento econômico e ofereça assistência às pessoas que vivem no país", disse Lu Kang, que também lembrou que "qualquer ação tomada pelo Conselho de Segurança sobre este tema deve estar alinhada com os princípios anteriores".


A resolução apresentada pelos EUA propunha o início de "um processo político pacífico" na Venezuela que levasse a eleições presidenciais "livres, justas e críveis", ao considerar que o pleito ocorrido em maio do ano passado, no qual Maduro foi reeleito, não seguiu esse roteiro.

O texto solicitava ao secretário-geral da ONU, o português António Guterres, que usasse seus "bons ofícios" para garantir a realização desse processo eleitoral e evitasse uma maior deterioração da situação humanitária, permitindo o fornecimento de assistência sem impedimentos para todos aqueles que necessitam.

Minutos depois, uma iniciativa da Rússia, que defendia a não intromissão nos assuntos internos da Venezuela, foi rejeitada por sete membros do Conselho e só conseguiu reunir o apoio da China e da África do Sul (que votaram contra o plano americano) e de Guiné Equatorial (que se absteve na proposta de Washington).

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