China está do lado certo da história em guerra na Ucrânia, diz ministro das Relações Exteriores
Segundo a pasta, país 'nunca aceitará qualquer coerção ou pressão externa', em resposta a declaração de Joe Biden
Internacional|Do R7
A China está do lado certo da história em relação à crise na Ucrânia, e essa certeza só o tempo vai confirmar, disse o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, acrescentando que o posicionamento chinês está alinhado ao desejo da maioria dos países.
"A China nunca aceitará qualquer coerção ou pressão externa e se opõe a quaisquer acusações e suspeitas infundadas contra o país", disse Wang a repórteres na noite de sábado (19), de acordo com um comunicado publicado por sua pasta neste domingo (20).
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Os comentários de Wang foram feitos depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, advertiu seu colega chinês Xi Jinping, na sexta-feira (18), das "consequências" caso Pequim ofereça apoio material à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Durante a videochamada, Xi disse a Biden que a guerra na Ucrânia deve terminar o mais rápido possível e pediu às nações da Otan que mantenham um diálogo com Moscou. Ele, no entanto, não atribuiu a culpa à Rússia, de acordo com as declarações de Pequim a respeito da ligação.
Wang disse que a mensagem mais importante enviada por Xi é que a China sempre foi uma força fundamental na manutenção da paz mundial.
"Sempre defendemos a manutenção da paz e a oposição à guerra", disse Wang, reiterando que a China fará julgamentos independentes.
"A posição da China é objetiva e justa, e está de acordo com o desejo da maioria dos países. O tempo provará que as reivindicações da China estão do lado certo da história."
Também no sábado, o vice-ministro das Relações Exteriores, Le Yucheng, disse que as sanções impostas por nações ocidentais à Rússia por causa da invasão da Ucrânia são cada vez mais "ultrajantes".
Os Estados Unidos e seus aliados europeus e asiáticos impuseram sanções abrangentes à Rússia por causa da invasão, iniciada em 24 de fevereiro, que eles chamam de guerra de agressão perpetrada pelo presidente Vladimir Putin. O mandatário russo alega ter lançado a "operação especial" para desmilitarizar e "desnazificar" a Ucrânia.
Ainda que reconheça a soberania da Ucrânia, Pequim afirma repetidamente que a Rússia tem preocupações legítimas de segurança que devem ser discutidas e pede uma solução diplomática para o conflito.