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Internacional China inicia afrouxamento de restrições contra Covid-19

China inicia afrouxamento de restrições contra Covid-19

Após protestos da população, governos locais começam a flexibilizar mediadas, aumentando a vista a pontos turísticos locais

Reuters

Resumindo a Notícia

  • Cidades e regiões chinesas iniciaram a flexibilização das medidas contra o novo coronavírus
  • Medida foi tomada após protestos nas maiores cidades da China
  • Primeiro efeito da flexibilização foi o aumento do movimento em pontos turísticos do país
  • Especialistas acreditam que em breve país passará por um grande surto da doença
Governos locais iniciaram flexibilização de medidas contra Covid

Governos locais iniciaram flexibilização de medidas contra Covid

Aly Song/Reuters - 8.12.2022

Enquanto muitos chineses celebravam as novas liberdades nesta quinta-feira (8), depois que o país se desfez de medidas importantes da rígida política sanitária contra a Covid-19, havia uma preocupação crescente de que o vírus, que em grande parte foi mantido sob controle, possa se espalhar em breve.

Três anos após o início da pandemia, muitos na China estavam ansiosos para que Pequim começasse a alinhar as rígidas medidas de prevenção do vírus com o resto do mundo, que se reabriu amplamente em um esforço para conviver com a doença.

Essas frustrações se transformaram em protestos generalizados no mês passado, a maior demonstração de descontentamento público desde que o presidente Xi Jinping chegou ao poder em 2012.

Sem dizer se era uma resposta a esses protestos, algumas cidades e regiões começaram a afrouxar as restrições contra a Covid-19, em ações que antecederam uma flexibilização nacional com novas regras divulgadas pela Comissão Nacional de Saúde (NHC, na sigla em inglês) na quarta-feira (7).

O NHC disse que as pessoas infectadas com sintomas leves agora podem ficar em quarentena em casa e eliminou a necessidade de testes e verificações de estado de saúde em aplicativos móveis para uma variedade de atividades, incluindo viagens pelo país.

As vendas de ingressos para pontos turísticos e de lazer dispararam no país, de acordo com a imprensa estatal, enquanto algumas pessoas foram às redes sociais para revelar que haviam testado positivo para o vírus, algo que anteriormente carregava forte estigma na China.

Outros expressaram cautela

"Eu sei que a Covid não é tão 'horripilante' agora, mas ainda é contagiosa e vai doer", disse uma publicação na plataforma Weibo. "O medo trazido ao nosso coração não pode ser facilmente dissipado".

A China relatou 21.439 novas infecções locais por Covid-19 em 7 de dezembro, um pouco abaixo do dia anterior e menor que o pico de 40.052 casos em 27 de novembro.

Alguns analistas e especialistas médicos dizem que a China está mal preparada para um grande aumento de infecções, em parte devido às baixas taxas de vacinação entre os vulneráveis e o sistema de saúde frágil.

Feng Zijian, ex-funcionário do Centro de Controle de Doenças da China, disse ao China Youth Daily que até 60% da população da China pode ser infectada na primeira onda em grande escala antes de se estabilizar.

"Em última análise, cerca de 80% a 90% das pessoas serão infectadas", disse ele.

O país deve enfrentar um surto em grande escala nos próximos um a dois meses, informou a revista estatal China Newsweek nesta quinta-feira, citando especialistas em saúde.

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