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China realiza maior incursão aérea da história em Taiwan

Cerca de 71 aeronaves da força aérea chinesa, incluindo caças e drones, entraram na zona de identificação de defesa de Taiwan

Internacional|Do R7, com informações da Reuters

71 aviões da força aérea chinesa entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan
71 aviões da força aérea chinesa entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan

Cerca de 71 aeronaves da força aérea chinesa, incluindo caças e drones, entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan nas últimas 24 horas, disse o governo da ilha nesta segunda-feira (26), a maior incursão da história.

Das aeronaves, 43 também cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, uma barreira não oficial entre os dois lados que fica dentro da zona de defesa, disse o Ministério da Defesa de Taiwan em um comunicado, enquanto Pequim segue com atividades militares perto da ilha.

Apesar de ser autogovernado, a China vê Taiwan como uma província separatista com a qual eventualmente se reunirá.

Já a ilha, que rejeita fortemente as reivindicações de soberania da China, disse que os exercícios mostram que Pequim está destruindo a paz regional e tentando intimidar o povo de Taiwan.


Uma autoridade do território familiarizada com o planejamento de segurança na região disse à Reuters que Taiwan avaliou que a China encenou a "provocação" militar para demonstrar oposição a uma nova lei de autorização de defesa dos EUA que aumenta a assistência militar a Taiwan.

As tensões entre os dois lados aumentaram constantemente nos últimos meses.


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Em agosto, Pequim ficou furiosa com a visita a Taiwan da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a política americana mais importante a visitar o território em 25 anos.

A China, em resposta à visita, realizou o que foi o maior exercício militar do país nos mares ao redor de Taiwan e também bloqueou parte do comércio com a ilha.


O ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, condenou a ação chinesa na época como altamente provocativa. A China nunca disse que não usaria a força para colocar Taiwan sob seu controle.

A China ainda disse ter realizado "exercícios de ataque" em torno de Taiwan no último domingo (25) em resposta ao que disse ser uma provocação da ilha e dos EUA.

Washington sempre andou na corda bamba diplomática sobre a questão de Taiwan.

Por um lado, adere à política de Uma Só China, um dos pilares de sua relação com Pequim, na qual os EUA reconhecem que existe apenas um governo chinês e têm laços formais com Pequim e não com Taiwan.

No entanto, o país também mantém relações estreitas com Taiwan e vende armas para ele sob a Lei de Relações com Taiwan, que afirma que os EUA devem fornecer à ilha os meios para se defender.

A China tem intensificado sua pressão diplomática, militar e econômica nos últimos anos na ilha autogovernada para aceitar o governo de Pequim. Taiwan diz que quer a paz, mas que se defenderá se for atacado.

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