China transmite à Ucrânia apoio por integridade territorial na ONU

Conversa entre ministros dos dois países foi divulgada pelo chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, pelas redes sociais

23/09/2022 - 16h11 (Atualizado em 20/04/2024 - 05h40)

O chanceler da Ucrânia, Dmytro Kuleba, publicou nesta sexta-feira (23) nas redes sociais que o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, demonstrou "o respeito da China pela soberania da Ucrânia e sua integridade territorial".

De acordo com o chefe da diplomacia ucraniana, Yi também transmitiu "sua rejeição ao uso da força como meio de resolver as diferenças" entre os países.

Por seu lado, a conta do Ministério das Relações Exteriores chinês no Twitter apenas publicou uma foto dos dois ministros apertando as mãos, com as bandeiras dos países atrás, sem qualquer comentário.

As palavras de Wang, transcritas por Kuleba, não representam uma grande mudança na atitude da China, especialmente porque não incluem a menor crítica dirigida à Rússia e, portanto, não traduzem qualquer mudança na equidistância que Pequim tentou mostrar nesta guerra.

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Enquanto alguns países relevantes, como a Índia, parecem mostrar cada vez mais divergências com a Rússia, este não é o caso da China, que ainda na última quinta-feira (22) no Conselho de Segurança mostrou mais uma vez ambiguidade na defesa do princípio da integridade territorial, lembrando mais uma vez à necessidade de compreender as razões da Rússia.

De qualquer forma, se houver alguma mudança nessa neutralidade tendenciosa em relação à Rússia, será necessário aguardar até o próximo sábado (24), quando Yi terá a palavra na Assembleia Geral e, assim, poderá definir posição em uma semana em que o presidente russo, Vladimir Putin, deu uma nova reviravolta com a mobilização de 300 mil reservistas e o anúncio de dois referendos sobre a anexação à Rússia de várias regiões ucranianas.

O McDonald's reabriu nesta terça-feira (20) parte das lanchonetes em Kiev, capital da Ucrânia, para receber pedidos feitos em aplicativos de delivery de comida. A rede tinha suspendido os serviços por quase seis meses por conta da guerra no país

*Estagiário do R7, sob supervisão de Lucas Ferreira

Três unidades em Kiev começaram a fazer pedidos de entrega, e mais sete unidades irão abrir na próxima semana, de acordo com a porta-voz do McDonald's na Ucrânia, Alesya Mudzhyri. Espera-se que as lanchonetes possam ser abertas e frequentadas pelos clientes a partir de outubro

A rede de fast-food tinha suspendido as operações no país cerca de seis meses atrás, por conta da invasão das tropas russas ao país. Apesar disso, o McDonald's continuou pagando os mais de 10.000 funcionários que trabalhavam nas lanchonetes do país durante o tempo de inatividade

Entre os novos protocolos, o horário de funcionamento estabelecido nas unidades será das 9h até as 21h, e as lojas fecharão durante qualquer ataque aéreo na capital, para que clientes e funcionários possam encontrar abrigo

Antes da guerra, o McDonald's tinha 109 lanchonetes em funcionamento no país. Além das lanchonetes reabertas na capital, espera-se que outras unidades em cidades do oeste ucraniano, relativamente pacíficas, possam voltar a funcionar em um futuro próximo

A reabertura, ainda que parcial, da lanchonete, é um sinal positivo, de que os esforços russos em conter os avanços da Rússia no país estão tendo resultado. Desde o início de setembro, a ucrânia já retomou mais de 300 vilas e cidades entre a região de Lugansk e Kharkiv. "Nós avisamos que os soldados russos só têm duas opções: fugir da nossa pátria ou se render", declarou o presidente Volodmir Zelenski, em pronunciamento divulgado nesta terça

Por outro lado, o McDonald's encerrou em maio as operações na Rússia, fechando cerca de 850 lanchonetes no país. Um oligarca russo chamado Alexander Govor, que já era dono de restaurantes da empresa na Sibéria, comprou mais de 800 unidades da rede, e em julho, o McDonald's reabriu no país com o nome "Vkusno & tochka" (Gostoso e Ponto Final, em tradução livre)

O McDonald's reabriu nesta terça-feira (20) parte das lanchonetes em Kiev, capital da Ucrânia, para receber pedidos feitos em aplicativos de delivery de comida. A rede tinha suspendido os serviços por quase seis meses por conta da guerra no país *Esta...