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Afundamento de submarino nuclear chinês expõe falhas e gera preocupação nos EUA

Incidente envolvendo novo submarino de classe Zhou levanta dúvidas sobre a transparência e capacidade da indústria militar chinesa

China|Do R7

Imagem de satélite mostra submarino atracado Reprodução/Maxar Technologies via CNN US

Segundo o jornal Wall Street Journal, um submarino chinês de nova geração, o primeiro da classe Zhou, afundou enquanto estava atracado em um estaleiro próximo à cidade de Wuhan, entre os meses de maio e junho deste ano.

O governo chinês manteve o incidente sob sigilo, segundo autoridades de defesa dos Estados Unidos. O afundamento representa um duro golpe nos esforços da China para modernizar sua marinha e alcançar o poder bélico americano.

O submarino da classe Zhou, reconhecido pela cauda em formato de “X”, estava em fase de testes no estaleiro de Wuchang, quando submergiu próximo ao cais. Imagens de satélite capturadas em março pela Maxar Technologies mostravam o submarino ainda atracado. Mas novas imagens de junho revelaram que ele não havia retornado à superfície, levantando suspeitas de um acidente.

O jornal Wall Street Journal foi o primeiro a divulgar o incidente, que, segundo fontes, exigiu a utilização de equipamentos pesados para resgatar o submarino. Apesar de o submarino ter sido recuperado, estima-se que levará meses até que ele esteja pronto para ser utilizado novamente.


Tom Shugart, especialista em imagens de satélite e ex-oficial dos EUA, foi o primeiro a identificar atividades incomuns no estaleiro de Wuhan. Ele observou uma concentração incomum de guindastes na área, algo que não havia sido registrado em imagens anteriores.

Apesar da gravidade do incidente, o governo chinês se recusou a comentar o assunto. Um porta-voz da embaixada da China em Washington afirmou: “Não temos informações sobre essa situação e não podemos fornecer mais detalhes no momento”.


Frota Chinesa

A China tem trabalhado para expandir a frota de submarinos nucleares para rivalizar com a Marinha dos Estados Unidos. O relatório de poder militar chinês do Pentágono, publicado em 2023, revela que o país já opera seis submarinos nucleares de mísseis balísticos, seis de ataque nuclear, além de 48 submarinos movidos a diesel. A expectativa é que essa força submarina cresça para 65 embarcações até 2025 e chegue a 80 até 2035.

Com a maior marinha do mundo em número de navios – 370 plataformas, das quais 234 são embarcações de guerra – a China vê na modernização de suas forças armadas uma prioridade estratégica.

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