Ciclone Idai: Número de mortos no Zimbábue sobe para 139
Maioria das mortes ocorreram no distrito de Chimanimani, perto da fronteira com Moçambique, o país mais afetado pelo ciclone
Internacional|Da EFE
O número de mortos pela passagem do ciclone Idai no Zimbábue subiu para 139, informou nesta quinta-feira (21) o governo local, que ainda não conseguiu chegar a todas as regiões afetadas, onde pode haver mais vítimas.
A maioria das mortes (127) ocorreram no distrito de Chimanimani, perto da fronteira com Moçambique, o país mais afetado pelo ciclone, divulgou o Ministério de Informação zimbabuano.
No entanto, as autoridades do país temem que o número de mortos possa aumentar porque as equipes de resgate ainda não conseguiram chegar a regiões que ficaram isoladas por inundações desde que o Idai passou pela região na sexta-feira passada.
EM VÍDEO: Equipe do JR mostra situação de Moçambique após passagem do ciclone Idai
189 desaparecidos no Zimbábue
O número oficial de desaparecidos é de 189, embora tudo aponte que esse dado também deva aumentar com base nos testemunhos de sobreviventes.
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"A gente vem aqui todos os dias para tentar encontrar entre os escombros nossos familiares que ainda estão desaparecidos. É devastador", disse ao jornal local NewsDay Dudzai Ndiyadzo, da cidade de Chipinge (sudeste), onde muitas casas foram destruídas e apenas dez corpos encontrados.
Entre os desaparecidos em Chipinge estão agentes de uma delegacia de polícia arrasada pelas inundações, acrescentou o jornal.
4,3 mil pessoas tiveram de deixar suas casas
A catástrofe provocou o deslocamento de mais de 4,3 mil pessoas em sete distritos do país, especificou o Ministério de Informação.
Antes de atingir o Zimbábue, o ciclone tocou terra na quinta-feira passada em Moçambique perto da cidade portuária de Beira, uma das mais importantes do país (com mais de 500 mil habitantes), que ficou quase totalmente destruída, uma vez que as áreas rurais próximas alagaram.
O número de mortos pela passagem do ciclone em Moçambique chegam a 202, segundo os últimos dados oficiais divulgados pelo Governo, mas todos os indícios apontam que a quantidade de vítimas aumentará nos próximos dias.