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Cidadãos e políticos marcham contra antissemitismo na França

Um cemitério judeu foi vandalizado com suásticas no interior do país, enquanto obras de artistas judeus são depredadas na capital

Internacional|Beatriz Sanz, do R7, com Reuters

Macron visitou cemitério depredado
Macron visitou cemitério depredado

Depois que suásticas apareceram em dezenas de túmulos de um cemitério judeu no vilarejo de Quatzenheim, no leste da França, o país despertou uma onda de protestos contra o ódio e o anti semitismo.

Enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, viajou nesta terça-feira (19) para a cidade onde as pinturas selvagens foram feitas e deve visitar ainda nesta terça-feira o Memorial do Holocausto, dezenas de lideranças partidárias e cidadãos devem lotar uma manifestação em Paris, condenando os atos.

"É importante para mim estar aqui com vocês hoje", disse Macron, com aparência solene, a líderes locais e membros da comunidade judia depois de prestar homenagem em um dos túmulos profanados.

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Na noite desta terça-feira muitos líderes políticos franceses, mas não Macron, devem participar de uma manifestação em Paris contra o antissemitismo, que continua sendo um flagelo no país.


Cifras divulgadas na semana passada mostraram que houve mais de 50 ataques antissemitas em 2018, um aumento de 74 por cento em relação a 2017.

Entre os incidentes dos últimos dias, manifestantes 'coletes amarelos' foram filmados gritando insultos contra Alain Finkielkraut, escritor judeu conhecido e filho de sobrevivente do Holocausto, no sábado.


A França abriga a maior comunidade judia da Europa, cerca de 550 mil pessoas, uma população que aumentou quase 50 por cento desde a Segunda Guerra Mundial – mas os ataques antissemitas continuam comuns.

Um rabino e três crianças foram assassinados por um atirador islâmico em uma escola judia de Toulouse em 2012, e em 2015 quatro judeus em um supermercado kosher de Paris estavam entre as 17 pessoas mortas por militantes islâmicos na cidade.


Neste mês, obras de arte com imagens de Simone Veil, sobrevivente do Holocausto e ex-magistrada, instaladas em duas caixas de correio parisienses foram profanadas com suásticas, e uma loja de bagel foi pichada com a palavra "Juden", "judeu" em alemão, em letras amarelas.

"Estes atos são repugnantes", disse o primeiro-ministro, Édouard Philippe, ao parlamento na semana passada.

"Precisamos educar e lembrar as pessoas de nossa história, falar dos horrores que se escondem atrás desses atos criminosos. Também precisamos punir (mais) e sabemos que não podemos ser hesitantes nisso".

Na quarta-feira Macron oferecerá um jantar com o chefe da Crif, organização que representa a comunidade judia na França.

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