Cingapura restringe espaço aéreo durante reunião entre Trump e Kim

'Por motivos de segurança nacional' aeronaves com destino ao aeroporto de Cingapura terão que reduzir a velocidade e aceitar restrições no uso das pistas

06/06/2018 - 10h17 (Atualizado em 20/04/2024 - 14h24)

O espaço aéreo de Cingapura ficará restrito durante a cúpula entre Estados Unidos e Coreia do Norte agendada para a semana que vem, de acordo com um aviso publicado pelas autoridades da aviação aos profissionais do setor nesta quarta-feira (6).

A cidade-Estado do sudeste asiático sediará um encontro histórico entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, em 12 de junho, e reforçou a segurança de todo seu território.

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O aviso, publicado nos sites da Organização Internacional da Aviação Civil (OACI) e da Agência Federal de Aviação dos EUA (FAA), informa que o espaço aéreo sobre Cingapura ficará restrito temporariamente durante partes dos dias 11, 12 e 13 de junho.

Todas as aeronaves com destino ao Aeroporto Changi de Cingapura serão instruídas a reduzir a velocidade e aceitar algumas restrições no uso das pistas "por motivos de segurança nacional", explicou o aviso.

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Outro aviso no site da OACI instruiu os aviadores a manterem distância da Base Aérea Paya Lebar, uma instalação militar situada no leste da ilha que já foi usada por presidentes dos EUA em visita, dizendo que as aeronaves que violarem as restrições "podem ser interceptadas".

Como parte dos preparativos para a cúpula, Cingapura designou certas partes da cidade como "áreas de eventos especiais" entre 10 e 14 de junho. Estas incluem a região central, que abriga o Ministério das Relações Exteriores, a embaixada dos EUA e vários hotéis, e a ilha Sentosa, no sul de Cingapura, onde a reunião irá ocorrer.

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Itens como sistemas de som públicos e aeronaves de controle remoto serão proibidos na área neste período.

O Aeroporto Changi e a Agência de Aviação Civil de Cingapura não puderam confirmar de imediato os detalhes sobre o aviso de restrições do espaço aéreo.

A cúpula da próxima semana entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, será realizada na ilha de Sentosa, na cidade-estado de Cingapura

O local é um dos maiores pontos turísticos da região e fica ao sul de Cingapura. Um forte esquema de segurança prepara o isolamento de parte da ilha e redondezas, que irá ocorrer entre os próximos dias 10 e 14. A cúpula ocorrerá no dia 12

Na língua malaia, uma das faladas em Cingapura, Sentosa significa tranquilidade e paz. Mas além delas, há na localidade uma variedade de atrações que também fazem do lazer e da diversão uma das suas características marcantes

Tanto é que a ilha recebe cerca de 5 milhões de visitantes por ano. Esse número de turistas é o mesmo da própria população de Cingapura, que se desenvolveu muito a partir dos anos 80 a ponto de ser incluída entre os "tigres asiáticos"

Em decreto publicado no jornal oficial do governo, na segunda-feira (4), Cingapura declarou que uma região central do país, que abriga o Ministério das Relações Exteriores, será transformada em uma zona especial para o período da cúpula

Nesta área, também estão localizadas a Embaixada dos EUA e vários grandes hotéis. A zona ampliada incluirá Sentosa e um trecho de mar de mais de 1 quilômetro de seu litoral sudoeste

Uma área menor no centro da ilha, que inclui o hotel Capella (foto), citado pela mídia como possível local das conversas de 12 de junho, contará com uma presença policial maior

Sentosa é mais uma demonstração da organização e do planejamento que prevalecem em Cingapura. Foi projetada para ser um imponente complexo turístico que une modernidade e natureza em seus 5 km de praia

Desde a criação da República de Cingapura, que deixou de fazer parte da Malásia em 1965, o governo investiu em ciência, tecnologia e educação. Saúde e habitação também foram prioridades

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E assim, a imagem do leão será, além de símbolo de Cingapura, o retrato do próprio encontro entre Trump e Jong-un. Cingapura, afinal, também é tradição. Em sânscrito, significa Cidade do Leão. Neste palco de modernidade, os dois líderes estarão fazendo, portanto, algo que Cingapura sempre preservou: história

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