Colômbia deixará Unasul por causa de crise da Venezuela

Novo presidente colombiano afirmou que o bloco, formado em evento no Brasil em 2008, foi criado para "fraturar o sistema interamericano"

27/08/2018 - 22h14 (Atualizado em 22/02/2024 - 05h53)

O presidente da Colômbia, Iván Duque, anunciou nesta segunda-feira que notificou à União de Nações Sul-Americanas (Unasul) sua decisão de se retirar do bloco por considerar que o grupo não denunciou o tratamento brutal do governo da Venezuela em relação aos cidadãos do país.

"Quero informar os colombianos que no dia de hoje, o senhor chanceler da República enviou à Unasul a carta onde nós denunciamos o tratado constitutivo dessa entidade e em seis meses se tornará efetiva a saída da Colômbia dessa organização", afirmou Duque.

Leia também

Referendo sobre corrupção não atinge quórum na Colômbia

O novo presidente colombiano afirmou que o bloco, formado em evento no Brasil em 2008, foi criado para "fraturar o sistema interamericano" e "serviu aos propósitos de uma ditadura".

Duque criticou a Unasul por nunca ter denunciado os "atropelos" do governo de Nicolás Maduro e que o bloco não exerceu o dever de garantir que essas ações do regime chavista constituíssem a eliminação das liberdades dos cidadãos.

‌

Por isso, o presidente da Colômbia disse considerar a instituição como "maior cúmplice" da Venezuela.

Acompanhe o noticiário internacional do R7

‌

No último dia 10 de agosto, o chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo, informou a decisão política do país se retirar do bloco, uma promessa que Duque fez durante a campanha presidencial.

"Seguiremos trabalhando no marco do multilateralismo regional e faremos isso apoiando a Carta Democrática Interamericana, assinada pela Colômbia, que defende a liberdade, o equilíbrio de poderes e, além disso, é fiadora de uma sociedade participativa e plural", afirmou Duque nesta segunda-feira.

‌

A Unasul é formada por Bolívia, Brasil, Equador, Guiana, Paraguai, Suriname, Uruguai e Venezuela.

Veja a galeria:

Torturas, assassinatos cruéis, carros-bomba e até um
atentado a um avião comercial foram alguns dos milhares de crimes cometidos
pelo maior narcotraficante de todos os tempos: o colombiano Pablo Escobar. O Portal R7 entrevistou os colombianos para descobrir como a população do país vê o líder do poderoso Cartel de Medellín 22 anos após a sua morte

Com seu império das drogas, Escobar
expandiu o tráfico de cocaína para os Estados Unidos e chegou a lucrar
cerca de R$ 1,6 bilhão (US$ 420 milhões) por semana no auge do domínio do Cartel de Medellín

Marroquin também conta que Escobar chegou a queimar mais de R$ 5,98 milhões (1 milhão de libras) para manter sua filha aquecida durante uma única noite. Segundo ele, o barão da cocaína teria acendido uma fogueira em um esconderijo nas montanhas da Colômbia usando maços de dólares norte-americanos. Na ocasião, ele estava fugindo das autoridades e sua filha Manuela sofria de hipotermia

Segundo Bustos, nos tempos em que o colombiano Pablo Escobar mantinha o negócio, todo o processo era centralizado no narcotráfico da Colômbia: o plantio da folha de coca, a transformação em cocaína e o transporte da droga até os Estados Unidos e Canadá

O futebol colombiano viveu o seu
age nos anos 90, com a geração de Rincón, Asprilla e Vanderrama. Mas, ironicamente,
também foram os dias negros dos Cafeteros, que sofreram com a interferência de Pablo
Escobar, que passou a usar os clubes de futebol para lavar o dinheiro do
narcotráfico. Veja quais foram os times que sofreram nas mãos do chefão do
tráfico de drogas

Para a jornalista de Bogotá Maria Hernández,
33, Escobar era “um personagem muito particular” e se tornou, inevitavelmente,
um símbolo da Colômbia

O ex-sicario disse que a fortuna de Escobar permitiu ao traficante assumir o controle da agência oficial de inteligência do país, o Departamento Administrativo de Segurança (DAS)

E onde foi parar o
dinheiro, na Colômbia, dos extintos cartéis? A resposta de Bustos não é
animadora.

— As fortunas dos grandes traficantes tiveram
vários destinos: uma parte passou para as mãos das elites e dos políticos, os
quais se apropriaram de grandes fortunas por meio da violência. Outra parte foi
tomada pelos subalternos dos traficantes extintos, formando novos e menores
cartéis. E finalmente uma mínima parte foi apreendida ou confiscada pelas
autoridades para financiar uma parte da Justiça

— A verdade é que ele
tinha um monte de dinheiro e não sabia o que fazer com ele. Não acredito que a
ajuda que ele deu para essas pessoas foi positiva. Apenas fazia parte de suas
pretensões de salvador

De acordo com o Daily Mail, o sicario sequestrou e torturou um futuro presidente colombiano, matou um procurador-geral, além de ter ajudado a planejar o assassinato do candidato à presidência da Colômbia, Luis Carlos Galan, o único crime dentre milhares pelo qual Popeye foi condenado

O filho de Escobar afirma que ele e sua família eram transferidos a cada dois dias entre os 15 refúgios que o traficante tinha em toda a cidade

Maior traficante de cocaína de todos os tempos, o colombiano Pablo Escobar voltou aos holofotes com o sucesso da série Narcos, protagonizada pelo ator baiano Wagner Moura

Dois anos depois de deixar a prisão, um dos mais temidos sicarios (assassinos) de Escobar, conhecido como Popeye, quebrou seu silêncio e afirmou que nunca foi culpado de assassinato. Para Popeye, ele era apenas outra "vítima" do traficante mais famoso da história

Temendo represálias por parte das famílias de suas vítimas, o colombiano disse que está planejando escrever um livro de memórias sobre seu tempo no Cartel de Medellín

— Alberto Romero e Carlos Castaño assumiram o controle do DAS em 1986 com o nosso dinheiro. O órgão foi financiado com o dinheiro do Cartel de Medellín

Popeye ganhou fama por conta da série de ataques contra membros conhecidos do governo colombiano planejados por ele em conjunto com outros membros do Cartel de Medellín

(Na foto, um dos mortos do ataque ao Congresso da Colômbia, em 1989)

Popeye também foi ligado ao bombardeio de um jato da Avianca em 1989, em um ataque que matou 107 pessoas. O atentado foi planejado com o objetivo de assassinar um único viajante, o então candidato presidencial e futuro presidente da Colômbia, Cesar Gaviria

Torturas, assassinatos cruéis, carros-bomba e até um atentado a um avião comercial foram alguns dos milhares de crimes cometidos pelo maior narcotraficante de todos os tempos: o colombiano Pablo Escobar. O Portal R7 entrevistou os colombianos para desc...