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Com apuração apertada, Castillo tem pequena vantagem no Peru 

Candidato esquerdista tem 50,4% dos votos válidos, e Keiko Fujimori, 49,6%. Mais de 97% das urnas já foram apuradas

Internacional|Da Ansa

Candidato esquerdista, Castillo abre vantagem no Peru
Candidato esquerdista, Castillo abre vantagem no Peru

Após ter permanecido atrás durante a maior parte da apuração, o candidato de esquerda à Presidência do Peru, Pedro Castillo, abriu mais de 100 mil votos de vantagem sobre a conservadora Keiko Fujimori, que agora denuncia a ocorrência de fraudes.

Segundo uma parcial divulgada pouco antes das 9h (horário de Brasília) pelo Escritório Nacional de Processos Eleitorais (Onpe), Castillo tem 8.542.834 votos, contra 8.417.843 da filha do ex-ditador Alberto Fujimori.

Isso significa uma diferença de 124.991 votos, com pouco mais de 97,6% das cédulas já apuradas. Em termos percentuais, Castillo tem 50,4% dos votos válidos, e Keiko, 49,6%.

Com a possibilidade de vitória cada vez mais concreta, o chefe da equipe econômica de Castillo, Pedro Francke, publicou um comunicado tranquilizando o mercado sobre as políticas de um eventual governo da esquerda.


"Respeitaremos a autonomia do Banco Central, que fez um bom trabalho mantendo a inflação baixa por mais de duas décadas", diz a nota, ressaltando que o plano econômico do líder do partido Peru Livre não prevê "nacionalizações, expropriações, confisco de poupança, controle cambial, controle de preços ou veto a importações".

Keiko, por sua vez, concedeu uma coletiva de imprensa e disse, sem apresentar provas, que há "sinais de fraude" na apuração. "Há uma clara intenção de sabotar a vontade do povo", declarou. No entanto, a Organização dos Estados Americanos (OEA) afirma não ter identificado incidentes relevantes.


A maior parte dos votos restantes é proveniente de comunidades camponesas, que tendem a apoiar Castillo, um líder sindical e professor de escola rural de 51 anos de idade.

Quem vencer o pleito assumirá um país mergulhado em uma crise política - o Peru chegou a ter três presidentes em uma semana em novembro de 2020 - e sanitária, com mais de 180 mil mortos na pandemia de Covid-19 e a maior taxa de mortalidade no mundo (572 óbitos para cada 100 mil habitantes).

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