Com arsenal reduzido, Rússia constrói 'tanques Frankenstein' com canhões navais antigos
Militares de Moscou já perderam mais de 1.700 tanques no conflito com a Ucrânia e estão reutilizando peças de máquinas de 1945
Internacional|Maria Cunha*, do R7
A invasão russa na Ucrânia fez com que os militares de Moscou perdessem mais de 1.700 tanques no conflito. Em razão disso, com um arsenal cada vez menor, a Rússia precisou improvisar, e Vladimir Putin foi forçado a construir "tanques Frankenstein" com canhões navais antigos no topo.
Imagens de um local não revelado parecem mostrar uma torre antiaérea naval de cano duplo instalada em um veículo de combate da era soviética. Acredita-se que a engenhoca tenha sido construída com peças de máquinas de 1945.
As armas, provavelmente, foram retiradas de um barco de patrulha naval, enquanto os rastros deixados pelas máquinas primitivas podem datar da década de 50, segundo o jornal britânico The Sun.
Apesar de a guerra não demonstrar estar perto do fim, a ideia é que os "tanques Frankenstein" sejam uma resposta improvisada à escassez de materiais de guerra do Kremlin.
As forças ucranianas também destruíram um grande número de tanques russos com o uso de drones, que Putin não conseguiu substituir.
Justin Crump, analista de inteligência e risco geopolítico, disse ao jornal The Telegraph que acredita que a Rússia tenha sido forçada a usar uma torre naval porque sua frota marítima ainda tinha equipamentos excedentes.
Já o ex-comandante de tanque britânico Hamish de Bretton-Gordon disse ter testemunhado veículos semelhantes adaptados por combatentes do Estado Islâmico no Oriente Médio.
Os russos também criaram veículos "Mad Max" com armaduras improvisadas, e os navios da frota marítima também foram equipados com modificações bizarras de defesa aérea.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Fabíola Glenia