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Com clima tenso, julgamento de Cristina Kirchner será retomado nesta segunda-feira

Atual vice-presidente da Argentina é investigada por suspeitas de corrupção quando era presidente, de 2007 a 2015

Internacional|Do R7

Ministério Público pede que Cristina seja condenada a três anos de prisão
Ministério Público pede que Cristina seja condenada a três anos de prisão

O julgamento de instrução da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por supostas irregularidades na concessão de obras públicas durante o período que foi chefe de governo, de 2007 a 2015, terá nesta segunda-feira a fase de alegações da defesa.

Oatentado sofrido na última quinta-feira pela ex-presidente, perto de casa, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, marca nova fase do processo, em que os acusados deverão se apresentar ao Tribunal Oral Federal de número 2, também na capital.

Os advogados de Kirchner deverão apresentar as alegações de defesa dentro de duas semanas. A princípio, Héctor Garro, ex-presidente da Administração Geral de Mobilidade da província de Santa Cruz, no sul argentino, entre 2005 a 2006, será o primeiro a comparecer.

O Ministério Público pediu três anos de prisão, com cumprimento em suspenso, por suposta administração fraudulenta para Garro, que se apresentará presencialmente, enquanto o restante dos acusados prestará depoimento por videoconferência.


A expectativa é de um julgamento com clima tomado pelo atentado contra Kirchner, contra quem os promotores Diego Luciani e Sergio Mola pediram condenação com pena de 12 anos de prisão, além da proibição de exercer cargos públicos por toda a vida.

De acordo com o cronograma de audiências montado pelo tribunal, a vice-presidente irá apresentar a defesa em 19 de setembro.


Kirchner é acusado dos crimes de associação ilícita e administração fraudulenta de fundos públicos, na concessão de 51 obras públicas para empresas do empresário Lázaro Báez.

A ex-presidente garantiu anteriormente que não existem provas contra elas e que nenhum dos depoimentos dados corroboraram a versão do Ministério Público.


No mês passado, Kirchner afirmou que "a sentença já estava escrita" e acusou existir uma guerra do Poder Judiciário contra a classe política.

"Este não é um julgamento de Cristina Fernández, este é um julgamento do peronismo, dos governos nacionais e populares", disse a atual vice-presidente.

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