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Com nova composição, Congresso vira maior desafio de Trump

Deputados e senadores tomem posse nesta quinta (3), com número recorde de mulheres eleitas garantindo maioria da Câmara aos Democratas

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Nancy Pelosi deverá liderar oposição a Trump
Nancy Pelosi deverá liderar oposição a Trump

Os novos membros do Congresso americano tomam posse nesta quinta-feira (3), dando início à geração de maior diversidade a ocupar a o Legislativo em 116 edições na história. Essa nova composição, que dá o controle aos democratas na Câmara dos Representantes, se configura como o maior desafio da gestão de Donald Trump na presidência.

A nova Câmara dos Representantes terá 235 democratas e 199 republicanos. O número recorde de mulheres eleitas para o Congresso foi fundamental para que os democratas recuperassem a maioria entre os deputados.

Já no Senado, 53 republicanos e 47 democratas mantêm a maioria a favor de Trump, mas nem sempre o presidente teve facilidade em aprovar projetos na Casa.

Veja também: Democratas preparam lei para reabrir o governo americano


Trump, com isso, terá de se desdobrar para conseguir governar, em um momento no qual, mesmo com maioria até agora, está com o governo parcialmente paralisado em função de a votação orçamentária estar emperrada.

Tal situação não é inédita. Até o momento, o presidente americano, eleito em 2016, sancionou centenas de leis, mas muitas vezes penou para aprovar projetos, mesmo tendo a maioria na Câmara e no Senado.


Trump teve, por exemplo, de utilizar o expediente de ordem executiva unilateral e de decreto para iniciar a saída do país do TPP (Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica). O instrumento possibilita ao presidente não se valer da esfera legislativa na implementação de uma lei.

Na tentativa de revogação do Obamacare, sistema de saúde que ampliava o número de usuários a atendimento hopitalar, o projeto de Trump passou na Câmara mas foi rejeitado pelo Senado.


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Nova geração

Agora que o presidente deixou de ter maioria entre os deputados e manteve uma maioria apertada de senadores, terá ainda mais percalços.

Afinal, a nova líder democrata na Câmara será ninguém menos do que Nancy Pelosi, de 78 anos, radical opositora do presidente. 

Pelosi, que já exerceu o cargo entre 2007 e 2011, ironizou a insistência de Trump e construir o muro na fronteira e atribuiu o que ela considera uma obserão a uma "questão de virilidade."

Elá terá a incumbência principal de encerrar a paralisação do governo, com a aprovação do orçamento.

Desde o último dia 22, parte das atividades governamentais estão paradas porque a exigência do presidente Trump de US$ 5 bilhões para financiar um muro na fronteira não foi atendida pelos democratas.

A proposta democrata só aprova US$ 1,3 bilhão para cercas de fronteira e US$ 300 milhões de dólares para outros itens de segurança, incluindo tecnologia e câmeras, dentro de um pacote dividido em duas partes.

O novo contexto do Legislativo americano contrasta com a onda conservadora que se instalou no país e dá voz a uma realidade que tem se tornado cada vez mais presente, com a eleição de pessoas que refletem esse momento.

A nova geração de eleitas inclui maior número de mulheres com filhos pequenos. Das 103 deputadas eleitas, pela primeira vez a Câmara terá uma mulher descendente de índios (Debra Haaland, Novo México), uma homossexual (Sharice Davids, Kansas); uma refugiada (Ilhan Omar, vinda da Somália) e a mais jovem da história (Alexandria Ocasio-Cortez, 29 anos, de Nova York).

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