A insegurança alimentar voltou a fazer parte da realidade de muitos argentinos
Juan Ignacio Roncoroni / EFE - 29.3.2021O índice de pobreza na população urbana da Argentina ficou em 42% durante o segundo semestre do ano passado, 1,1 ponto percentual acima da taxa registrada no primeiro semestre de 2020, por conta da junção entre a crise econômica do país e os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
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Em relatório divulgado nesta quarta-feira (31), o Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec) informou que o índice de indigência foi de 10,5% das pessoas no segundo semestre do ano passado, mantendo-se assim inalterado em relação à taxa registrada nos primeiros seis meses de 2020.
Na comparação anual, a taxa de pobreza aumentou no segundo semestre do ano passado em 6,5 pontos percentuais, e a taxa de indigência, em 2,5 pontos.
As estatísticas oficiais mostram que 2,9 milhões de lares estavam abaixo da linha de pobreza no final de dezembro de 2020, o que representa 12 milhões de pessoas pobres.
Além disso, 720.678 lares estavam abaixo da linha de indigência, que incluía 3 milhões de pessoas.
A medida leva em conta o padrão de vida nos 31 centros urbanos mais povoados do país, que abrange 28,5 milhões de pessoas de uma população total na Argentina de cerca de 45 milhões de pessoas.
O crescimento da pobreza durante 2020 na Argentina coincidiu com a pandemia de covid-19, que agravou a recessão econômica que o país sul-americano vem enfrentando desde 2018.
A Argentina registrou sua maior taxa de pobreza em outubro de 2002, quando o índice subiu para 57,5% após uma das crises econômicas mais graves de sua história