Como a polícia alemã desmantelou quadrilha que falsificava quadros de Picasso e Rembrandt
Suspeitos tentaram vender pelo menos outras 19 pinturas falsificadas, com preços que variavam entre 400 mil e 14 milhões de euros, segundo a polícia
Internacional|Do R7
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A polícia alemã desmantelou uma quadrilha suspeita de falsificar pinturas atribuídas a artistas como Pablo Picasso e Rembrandt. O grupo, que chegou a pedir milhões de euros por obras falsas, é acusado de tentar vender cópias de telas expostas em museus europeus, incluindo o Rijksmuseum, em Amsterdã. A operação internacional envolveu ações coordenadas na Alemanha e na Suíça e revelou um esquema de falsificação que pode ter atuado por décadas no mercado de arte.
O suposto líder do grupo, um homem de 77 anos do sudoeste da Alemanha, foi detido por algumas horas e solto condicionalmente, informou a polícia da Baviera, responsável pela investigação. Ele e outros dez suspeitos são acusados de “conspiração organizada para cometer fraude com obras de arte falsificadas”.
A operação foi realizada na madrugada de 15 de outubro, quando agentes invadiram imóveis nos dois países e apreenderam documentos, celulares e várias pinturas suspeitas. A investigação começou após o principal acusado tentar vender dois supostos quadros originais de Picasso, incluindo uma obra que ele afirmava retratar Dora Maar, fotógrafa e parceira do artista espanhol.
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A partir dessa tentativa de venda, os investigadores descobriram que o grupo também oferecia uma cópia falsificada da pintura “De Staalmeesters”, de Rembrandt, datada de 1662. A obra verdadeira, conhecida em português como “Os Oficiais de Amostragem”, faz parte do acervo permanente do Rijksmuseum desde 1885. Os suspeitos chegaram a pedir 120 milhões de francos suíços, cerca de 151 milhões de dólares, por essa falsificação.
Segundo a polícia, a tela estava em posse de uma mulher suíça de 84 anos, também investigada. O grupo sustentava que o quadro exibido em Amsterdã seria uma cópia e que eles possuíam o original.
Além dessas obras, os suspeitos tentaram vender ao menos outras 19 pinturas falsificadas atribuídas a artistas como Peter Paul Rubens, Anthony van Dyck, Joan Miró, Amedeo Modigliani e Frida Kahlo. Os preços variavam entre 400 mil e 14 milhões de euros.
As autoridades ainda investigam se alguma das obras chegou a ser vendida. Em comunicado, a polícia da Baviera afirmou que as apreensões realizadas durante as buscas devem ajudar a esclarecer a extensão da fraude e o grau de envolvimento de cada participante do grupo.
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