Como são os bunkers feitos com impressora 3D que resistem a tiros de tanques
Índia adquiriu mais de 500 abrigos para reforçar a fronteira com a China, região marcada por tensão nos últimos 70 anos
Internacional|Do R7
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Bunkers impressos em 3D capazes de resistir a explosões e disparos de tanques a curta distância são a nova aposta da Índia para defender sua fronteira com a China, uma região de 3.400 quilômetros de extensão.
“Defesas permanentes impressas em 3D foram construídas pela primeira vez pelo Corpo de Engenheiros do Exército Indiano no setor desértico. Essas defesas foram testadas contra uma variedade de armas, desde armas leves até o canhão principal de um tanque T-90 [de fabricação russa]”, diz o tenente-general H. Singh, engenheiro-chefe do Exército indiano, em nota divulgada na imprensa local.
Os abrigos, projetados para resistir em condições geoclimáticas adversas, de regiões nevadas de alta altitude a desertos escaldantes, podem ser instalados em poucas horas.
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Segundo a startup MiCoB, que desenvolveu o bunker, sua estrutura é feita de concreto. Apesar disso, a empresa defende que o abrigo pode ser deslocado de um local para outro com facilidade. Para o Exército indiano, dois soldados seriam capazes de carregar o bunker, cujo componente mais pesado da estrutura pesaria apenas 40 kg.
Cada bunker é capaz de abrigar 64 pessoas. O Exército indiano já teria encomendado pelo menos 500 abrigos, a serem construídos principalmente na fronteira com a China.
A região é alvo de disputa entre os dois países há sete décadas.
Índia e China travaram uma breve e sangrenta guerra pela demarcação da fronteira em 1962, quando os indianos perderam parte do território em Aksai Chin, no extremo nordeste de Ladakh, que permanece um ponto de discórdia entre os países.
As relações diplomáticas se recuperaram após uma série de acordos de fronteira na década de 1990. No entanto, as tensões na região aumentaram nos últimos anos.
As tropas chinesas se enfrentaram em incidentes locais em 2013, 2014 e 2017. Em 2019, a Índia revogou o Artigo 370 de sua Constituição, que garantia um certo grau de autonomia à Caxemira, incluindo também as áreas disputadas de Ladakh. A China considerou a medida indiana uma violação unilateral de seu território e a denunciou no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
As diferenças foram potencializadas após um confronto em 2020 que deixou mortos de ambos os lados. Um acordo entre os países pôs fim ao impasse militar, mas as tensões permanecem até hoje.
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