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Condenado à morte assume vaga no Parlamento do Sri Lanka

Premlal Jayasekera foi condenado pelo assassinato de um membro da oposição em 2015, vive em presídio e irá escoltado para as sessões

Internacional|Do R7

Premalal Jayasekara fez campanha enquanto era julgado por um assassinato
Premalal Jayasekara fez campanha enquanto era julgado por um assassinato Premalal Jayasekara fez campanha enquanto era julgado por um assassinato

O Parlamento do Sri Lanka teve uma sessão tumultuada na terça-feira (8) quando Premlal Jayasekera tomou posse como parlamentar pelo distrito de Jatnapura, que fica a cerca de 100km da capital, Colombo. Membros da oposição cantaram e usaram panos pretos para protestar contra a nomeação.

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Jayasekera, um dos 145 parlamentares eleitos pelo partido Frente Popular do Sri Lanka (SLPF) no ano passado, foi condenado à morte pelo assassinato de Susil Perera, militante e membro da Força Popular Unida (UPF), o principal partido da oposição, durante a campanha presidencial de 2015.

Recursos e escolta

A posse do novo congressista foi liberada pela Corte de Apelações do Sri Lanka, mesmo com ele estando no corredor da morte. A alegação é que ele foi eleito enquanto estava sendo julgado pelo assassinato. O país não executa nenhum condenado desde 1976.

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Com isso, Jayasekera, que cumpre sua sentença no presídio de Welikade, em Colombo, conseguiu autorização para comparecer às sessões do Parlamento, sempre escoltado por policiais. Seu partido, o SLPF, é o mesmo do presidente e do primeiro-ministro do país, os irmãos Gotabaya e Mahinda Rajapaksa.

"Como sua eleição não foi anulada, não há motivo para que ele não possa comparecer às votações", diz a sentença que liberou a participação do parlamentar. A imprensa local denunciou que o advogado que defendeu Jayasekara também é advogado de um dos juízes do tribunal de apelações.

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O líder da UPF no Parlamento, Anura Kumara, chamou a situação de "injusta" e membros do partido gritavam "vergonha" das tribunas do Parlamento enquanto Jayasekara fazia o juramento e assumia o cargo de parlamentar.

O novo membro do Legislativo não é o único que sai escoltado do presídio direto para as sessões de votação. Sivanesathurai Chandrakanthan, ex-membro de um grupo guerrilheiro que participou da guerra civil que terminou em 2009, está preso há 5 anos enquanto aguarda para ser julgado pela morte de outro político durante o conflito.

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