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Conflito armado na Colômbia deixa 95 mil confinados até agora em 2022

Número é o mais alto registrado em 10 anos; em 2013, os confinados no país eram 13 mil

Internacional|

Pessoas que estavam presas por dissidentes das FARC são liberadas na cidade de Tumaco
Pessoas que estavam presas por dissidentes das FARC são liberadas na cidade de Tumaco Pessoas que estavam presas por dissidentes das FARC são liberadas na cidade de Tumaco

O conflito armado na Colômbia deixou mais de 95 mil pessoas confinadas até agora em 2022, atingindo o pico mais alto da última década, segundo dados da agência humanitária da ONU divulgados nesta quinta-feira (28). 

"Entre janeiro e setembro de 2022, o número de pessoas confinadas aumentou 73% em relação ao mesmo período de 2021, com um total de 95.739 confinados", disse o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) em relatório de 24 de outubro. 

Este é o número mais alto registrado nos últimos dez anos neste país assolado por um conflito armado prolongado, seguido por cerca de 74 mil confinados registrados em 2013, indica o relatório divulgado na quinta-feira em uma reunião com a imprensa em Bogotá.

Nos primeiros nove meses do ano, um em cada dois confinados era indígena e um em cada quatro pertencia a uma comunidade afrodescendente, afetada principalmente por "ações contra a população civil" e "confrontos entre atores não estatais", continua o documento.

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Desde 2017, depois que cerca de 7 mil combatentes das guerrilhas dissolvidas das Farc depuseram suas armas graças a um acordo de paz histórico, os confinamentos dispararam: de cerca de 1.400 confinados naquele ano, chegou a 73.700 em 2020, com um leve retrocesso em 2021. 

Da mesma forma, entre janeiro e setembro de 2022, foram registradas "66.922 vítimas de deslocamento" neste país de 50 milhões de habitantes, o que representa um aumento de 9% em relação ao mesmo período de 2021. 

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"A preocupação permanece para 49% (32.934 pessoas) das vítimas durante 2022 que não puderam retornar aos seus territórios desde janeiro", alertou o OCHA. 

Apesar do acordo de paz, a Colômbia continua envolvida em uma escalada violenta com grupos armados que lutam a sangue e fogo pelas rendas do tráfico de drogas e da mineração ilegal em várias áreas do país. 

Em quase seis décadas, o conflito armado deixou mais de 9 milhões de vítimas, a maioria deslocada.

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