Conflitos na fronteira Colômbia-Venezuela deixam 2 feridos
Homens da Guarda Nacional Bolivariana e manifestantes vindos do lado colombiano da fronteira entraram em confronto em ponte nesta segunda-feira (25)
Internacional|Da EFE
Pelo menos duas pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira (25) em confrontos na Ponte Internacional Simón Bolívar, principal passagem de fronteira que liga Colômbia e Venezuela, entre membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e manifestantes do lado colombiano.
Um dos feridos, segundo constatou a Agência EFE, foi atingido por bala de borracha nos olhos. A vítima ficou inconsciente e teve que ser levada para o hospital.
O outro ferido foi atingido por disparos no braço, no peito e nas costas. Ele foi levado a um hospital, conforme confirmaram à Efe voluntários de missões médicas.
Um dos manifestantes, que preferiu não dizer o seu nome, disse à EFE que o objetivo era entrar com a ajuda humanitária na Venezuela, após a tentativa fracassada do sábado passado e que derivou em distúrbios.
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O caso ocorreu depois que tiros contra os manifestantes começaram a ser disparados do lado venezuelano e o Esquadrão de Combate ao Motim Móvel (Esmad) interveio. Os manifestantes foram retirados da região e a situação foi controlada.
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Os enfrentamentos continuaram ao longo do dia embaixo da ponte, onde foi disparado gás lacrimogêneo e tiros contra os manifestantes, a maioria encapuzado e do lado colombiano.
Além das manifestações, outro militar venezuelano cruzou a Ponte Simón Bolívar e se somou a vários membros da Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela (FANB) que foram para o território colombiano e reconheceram Juan Guaidó como presidente do país.
Conforme os números de Migração a Colômbia, mais de 167 membros das Forças Armadas da Venezuela pediram proteção na Colômbia após desertar. Entre eles está Rafael José Zavarce, que pediu que os companheiros se "rebelem" e reconheçam Guaidó como presidente da Venezuela.