Confronto matou 25 na fronteira da Venezuela com o Brasil, diz prefeito
Emilio González cruzou por estradas no meio da mata para fugir do país vizinho e afirma ter "sangue no caminho e nas ruas"
Internacional|Pablo Marques, do R7 com Reuters
O conflito entre a Guarda Nacional Bolivariana e civis na fronteira da Venezuela com o Brasil deixou 25 feridos e 84 feridos, afirmou o prefeito de Gran Sabana, Emilio González, neste domingo (24).
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O político, de origem indígena pemon, disse estar sofrendo perseguição do governo de Nicolás Maduro. Para chegar o Brasil, percorreu trilhas na mata entre a cidade de Santa Elena de Uairén, no lado venezuelano, e Pacaraima, em Roraima.
"O único rincão que tínhamos na Venezuela foi tomado por Maduro. Estão atacando. Tem sangue no caminho e nas ruas", disse González ao cruzar a fronteira.
Em entrevista a imprensa, ele fez um apelo para resolver a situação no país. "Estamos sofrendo, portanto peço ajuda internacional porque estamos passando um momento difícil", disse.
O Brasil enviou para a região membros da Força Nacional para conter um grupo de manifestantes antichavistas e evitar assim novos confrontos com os militares venezuelanos.
A fronteira entre os dois países está fechada desde a última quinta-feira (21), após a tentativa frustrada de enviar ajuda humanitária ao país vizinho.
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