Confrontos deixam 27 mortos no norte da Síria, afirmam ONGs
Entre os mortos também está um combatente que detonou um veículo carregado de explosivos contra as forças governamentais
Internacional|Da EFE
Confrontos entre tropas leais ao presidente da Síria, Bashar al Assad, e facções armadas de opositores no norte do país deixaram pelo menos 27 mortos.
As informações sobre os combates desta quarta-feira (8) foram divulgadas pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos. Segundo a ONG, houve nove baixas entre as tropas governamentais e 18 entre os grupos opositores que se enfrentam na região de Kafr Nabuda, no norte da província de Hama.
Entre os mortos também está um combatente que detonou um veículo carregado de explosivos contra as forças governamentais.
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A rede de notícias "Ebaa", ligada à Frente de Libertação do Levante, a antiga Frente al Nusra — ex-filial síria da Al Qaeda —, disse na internet que os combatentes do grupo terrorista atacaram as tropas do "regime criminoso" com um carro-bomba em Kafr Nabuda.
A "Ebaa" afirmou que "dezenas de soldados" morreram no ataque. O Observatório Sírio de Direitos Humanos não soube informar o número de vítimas no atentado suicida.
Já na província de Idlib, também no norte da Síria, seis civis morreram em ataques das Forças Aéreas da Síria e da Rússia, que atacam a campanha de bombardeios contra várias áreas controladas ou com a presença de opositores do regime de Assad.
Quase toda a região de Idlib está nas mãos de facções rebeldes, com predominância da Frente de Libertação do Levante, e se tornou o último reduto dos opositores na Síria. Os grupos também têm influência sobre a província vizinha de Hama.
Os Capacetes Brancos, grupo que atua como defesa civil em áreas fora do controle do governo da Síria, afirmou que duas pessoas morreram nos bombardeios contra duas regiões de Idlib.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, 221 pessoas, entre civis e combatentes, morreram desde o último dia 30 de abril, apesar da existência de um pacto desde setembro do ano passado entre Rússia e Turquia para diminuir as hostilidades na região.