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Conselho de Segurança da ONU pede cessar-fogo na Etiópia

Países-membros pedem que ambos os lados encerrem hostilidades no conflito que já dura um ano em Tigré, no norte do país

Internacional|Do R7


Soldados leais ao governo etíope participam do conflito há um ano
Soldados leais ao governo etíope participam do conflito há um ano

O Conselho de Segurança das Nações Unidas manifestou nesta sexta-feira (5) sua "profunda" preocupação com a expansão do conflito no norte da Etiópia e exortou as partes a "encerrar as hostilidades e negociar um cessar-fogo duradouro".

Da mesma forma, os membros da organização expressaram sua "séria preocupação com o impacto do conflito na situação humanitária [...], assim como na estabilidade do país e da região", segundo um comunicado lido pelo presidente do conselho, o embaixador mexicano Juan Ramón de la Fuente.

O mais alto órgão de manutenção da paz da ONU planejava realizar na tarde desta sexta uma reunião sob o título "Paz e segurança na África", na qual iria analisar a situação na Etiópia, mas o encontro foi adiado para a próxima semana.

Enquanto isso, na nota, os 15 membros concordaram em fazer um apelo para que as partes em conflito no país africano "contenham as mensagens inflamatórias de ódio e incitação à violência e divisão". Também pediram o acesso "seguro e desimpedido" da ajuda humanitária e a restauração dos serviços públicos.

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O subsecretário da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, iniciou nesta sexta uma visita à Etiópia, onde se encontrou com o primeiro-ministro Abiy Ahmed para discutir a situação humanitária e as dificuldades para levar ajuda às vítimas do conflito, especialmente na região de Tigré.

São cerca de 20 milhões de pessoas, segundo a ONU, que precisam de ajuda humanitária. A organização ainda busca US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 7,2 bilhões) para a execução de seu programa humanitário no país.

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Até o momento, pouco mais de US$ 1 bilhão (o equivalente a R$ 5,5 bilhões) foi mobilizado, o que está "longe" de ser suficiente para cobrir as crescentes necessidades deixadas pela guerra contra os rebeldes da FLPT (Frente de Libertação do Povo Tigré), que estourou há um ano, quando o governo federal enviou o Exército para destituir autoridades dissidentes em resposta a supostos ataques a bases militares federais.

Ahmed proclamou vitória no fim de novembro de 2020, mas desde junho deste ano o conflito mudou completamente de rumo, com os rebeldes do Tigré avançando para além de sua região.

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