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Conselho de Segurança da ONU terá reunião hoje sobre Coreia do Norte

O encontro acontece em meio ao aumento de hostilidade entre EUA e Coreia do Norte, que exigiu que Trump pense 'duas vezes' antes de insultar Kim

Internacional|Do R7

Em junho de 2019, um encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un terminou sem acordo
Em junho de 2019, um encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un terminou sem acordo

O Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta quarta-feira para discutir o programa nuclear e de mísseis da Coreia do Norte, informou uma fonte da área diplomática à Agência Efe.

A reunião acontecerá em meio ao aumento das tensões entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos. No último sábado, as autoridades norte-coreanas disseram que a possibilidade de abrir mão de seu programa nuclear "está fora da mesa de negociações" com o governo americano. A reunião desta quarta-feira no conselho, que não estava agendada, será pública e terá início às 17h (de Brasília), segundo a mesma fonte.

Veja também: Coreia do Norte avisa que não vai negociar desnuclearização com EUA

Nos últimos meses, o Conselho de Segurança debateu várias vezes a portas fechadas os testes de mísseis norte-coreanos, principalmente por iniciativa de países da União Europeia (UE), que exigiram rigor contra Pyongyang.


Enquanto isso, as negociações sobre desnuclearização entre o regime de Kim Jong-un e os Estados Unidos estão bloqueadas desde a fracassada cúpula de Hanói, no Vietnã, em fevereiro, na qual o governo americano considerou insuficiente a oferta de Pyongyang para desmantelar seus ativos nucleares e se recusou a suspender as sanções econômicas que havia aplicado.

Desde então, a Coreia do Norte realizou 13 testes de mísseis de curto alcance, além do misterioso teste no último fim de semana, provavelmente de um novo motor para projéteis, de acordo com fotos de satélite.


HOSTILIDADE EM ALTA

No domingo, a Coreia do Norte anunciou um "teste importante" em um centro de desenvolvimento de mísseis. O presidente dos EUA, Donald Trump, respondeu advertindo o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que vai perder "tudo" se agir de forma "hostil".


O governo da Coreia do Norte exigiu nesta terça-feira (data local) que Trump desista de insultar Kim Jong-un e pense duas vezes antes de fazer novas declarações se quiser evitar "consequências catastróficas".

Um dia antes, a Coreia do Norte já havia dito que as recentes afirmações beligerantes de Trump são fruto do "nervosismo" e do "medo" do presidente norte-americano, já que se aproxima o fim do prazo que o regime de Kim deu à Casa Branca para mudar de postura nas negociações sobre a desnuclearização do país.

"Pode ser que Trump esteja muito nervoso, mas é melhor que aceite o 'status quo' que semeou e pense duas vezes se não quiser ver consequências catastróficas", ameaçou o vice-presidente do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, Ri Su-yong, considerado uma figura muito próxima a Kim.

No texto, publicado pela agência estatal de notícias "KCNA", Ri afirma que as "palavras e expressões ditas uma atrás da outra por Trump soam como uma ameaça à primeira vista, mas que, na verdade, são uma confirmação do medo que ele sente por dentro".

"Trump faria bem se abandonasse uma linguagem insultante que possa ofender ainda mais o presidente Kim, que absteve de usar expressões irônicas e irritantes como a outra parte está fazendo", completou o representante norte-coreano.

Depois do último teste de mísseis realizado pela Coreia do Norte, Trump alertou que não descartou utilizar uma opção militar contra o país e voltou a chamar Kim de "homem-foguete", algo que não fazia desde 2017.

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