Coreia do Norte faz cerimônia para apresentar o primeiro submarino nuclear de sua história
Segundo a agência de notícias KCNA, país considera tecnologia nuclear essencial para proteger o país de ameaças externas
Internacional|Do R7
A Coreia do Norte anunciou, nesta sexta-feira (noite de quinta, 7, no Brasil), que concluiu a construção de um novo "submarino nuclear tático de ataque", um armamento destinado a reforçar sua Marinha, reportou a agência estatal norte-coreana KCNA.
O presidente norte-coreano, Kim Jong-un, já tinha participado na quarta-feira de um ato referente a este submarino e assegurado que a embarcação "faz parte de um avanço na nuclearização da Marinha".
Nesta semana, o governo dos Estados Unidos disse ter obtido informações de que Jong-un e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, devem se encontrar ainda neste mês para negociar armamentos. O governo russo quer que os norte-coreanos forneçam armas e munições para dar continuidade à guerra na Ucrânia, enquanto a Coreia do Norte busca tecnologia nuclear para mísseis e outros armamentos.
A negociação entre os dois países é acompanhada de perto por autoridades americanas, que prometem retaliar a Coreia do Norte caso o comércio de armas se concretize. "Vão pagar um preço por isso na comunidade internacional", disse a jornalistas o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, ao ser consultado durante uma coletiva de imprensa sobre as "discussões ativas" entre Moscou e Pyongyang sobre entregas de armas.
Na semana passada, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, já havia expressado sua preocupação pelo rápido avanço dessas negociações sobre futuras entregas de armas e havia instado o regime comunista a "cessar" essas discussões.
Sullivan reconheceu, no entanto, que não estava em condições de dizer quais tipos de arma seriam entregues. "Continua a ser uma questão aberta em relação a que tipo e à qualidade do equipamento que poderia ser entregue", explicou.
"Diz muito da Rússia ter que recorrer a um país como a Coreia do Norte para reforçar suas capacidades de defesa", acrescentou. Concretamente, Pyongyang poderia fornecer munição para artilharia, assim como matérias-primas para a indústria de defesa russa.
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