Coreia do Norte dispara míssil balístico intercontinental
A informação foi divulgada pelo presidente sul-coreano Moon Jae-in. Este é o primeiro disparo do tipo desde 2017
Internacional|Do R7
A Coreia do Norte disparou um míssil balístico intercontinental (ICBM) nesta quinta-feira (24), disse o presidente sul-coreano Moon Jae-in. A ação marca a primeira vez que Pyongyang lançou uma arma tão poderosa desde 2017.
Essa foi uma "violação da suspensão dos lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais prometida por Kim Jong-un à comunidade internacional", disse Moon em comunicado, acrescentando que também é uma violação das sanções da ONU.
"Isso representa uma séria ameaça para a península coreana, a região e a comunidade internacional", disse ele, acrescentando que também é uma "clara violação" das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Pyongyang suspendeu oficialmente os testes de longo alcance enquanto o líder Kim Jong-un se engajou em negociações de alto nível com o ex-presidente dos EUA Donald Trump, mas as negociações fracassaram em 2019 e estão paralisadas desde então.
Apesar das duras sanções internacionais, a Coreia do Norte redobrou os esforços para modernizar suas Forças Armadas, testando na semana passada o que analistas dizem ser um "míssil monstro", um novo míssil balístico intercontinental de longo alcance. O foguete explodiu logo após o lançamento.
Pouco antes da declaração do presidente sul-coreano, o governo japonês havia informado que o projétil caiu na zona econômica exclusiva do Japão, a oeste de sua costa norte.
"Nossa análise indica que o míssil balístico voou por 71 minutos e por volta das 15h44 (horário local) pousou nas águas da zona econômica exclusiva do Japão, no mar do Japão, a cerca de 150 quilômetros da península de Oshima em (ilha de) Hokkaido", disse o vice-ministro da Defesa, Makoto Oniki.
"Em um momento em que o mundo está lidando com a invasão russa da Ucrânia, a Coreia do Norte está pressionando com lançamentos que agravam unilateralmente as provocações contra a comunidade internacional, o que é absolutamente imperdoável", disse Oniki, observando que o ministério não recebeu relatos de danos a navios ou aeronaves.