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Coreia do Norte diz que prendeu estudante por espionagem

O australiano Alek Sigley deixou o país asiático na última quinta-feira após permanecer mais de uma semana desaparecido

Internacional|Da EFE

Alek Sigley deixou a Coréia do Norte
Alek Sigley deixou a Coréia do Norte

A Coreia do Norte revelou neste sábado (6) que o estudante australiano Alek Sigley, que deixou o país asiático na última quinta-feira após permanecer mais de uma semana desaparecido, foi detido por espionagem e por provocar sentimentos contra o país através da internet.

Segundo o regime norte-coreano, "a pedido de veículos de imprensa contrários à RPDC" (República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país), Sigley "entregou várias vezes os dados e fotografias que recopilou e analisou enquanto percorria Pyongyang fazendo uso do seu cartão de identificação de estudante estrangeiro".

A mensagem foi remitida pela agência de notícias estatal norte-coreana, "KCNA", e replicada pelo portal "NK News", especializado em informações sobre a Coreia do Norte, e um dos veículos de imprensa com os quais a Coreia Norte afirmou que Sigley colaborava.

Segundo o relatório, o australiano "admitiu honestamente seus atos de espionagem e pediu perdão repetidamente, desculpando-se pela intromissão na soberania da RPDC", que o expulsou do país "mostrando indulgência humanitária".


Sigley, que Está atualmente em Tóquio com sua esposa, Yuka Morinaga, foi libertado na quinta-feira graças à mediação da Suécia - representando a Austrália - com as autoridades norte-coreanas.

Em comunicado emitido por um representante, o estudante agradeceu o apoio recebido, afirmou sua intenção de voltar à vida normal e de permanecer em silêncio sobre sua detenção.


Sigley estava fazendo uma pós-graduação em literatura coreana na Universidade Kim Il-sung de Pionyang desde o final do ano passado.

Usuário ativo do Twitter, onde relatava sua vida na capital norte-coreana, o australiano interrompeu as publicações em 24 de junho. Segundo a "KCNA", ele foi detido um dia depois. EFE

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