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Coreia do Norte: Seul e EUA violam acordo sobre exercícios militares

De acordo com jornal norte-coreano, acordo prometia eliminar ameaças práticas de guerra e relações hostis da península coreana

Internacional|Do R7

Cerca de 500 fuzileiros participaram do exercício
Cerca de 500 fuzileiros participaram do exercício

A Coreia do Sul violou um acordo recente que visa reduzir as tensões na península coreana ao retomar exercícios militares de pequena escala com os Estados Unidos, disse a mídia norte-coreana nesta segunda-feira (12).

Cerca de 500 fuzileiros navais dos Estados Unidos e da Coreia do Sul iniciaram, na semana passada, simulações militares que estavam entre exercícios conjuntos suspensos por tempo indeterminado em junho para que Seul e Washington se dedicassem a uma aproximação com a Coreia do Norte.

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O Programa de Intercâmbio da Marinha Coreana (KMEP) violou um acordo do dia 19 de setembro assinado por Seul e Pyongyang que pedia a suspensão de "todos os atos hostis", disse o Rodong Sinmun, jornal oficial do partido norte-coreano.

Os exercícios conjuntos de duração de duas semanas vão "diretamente contra o acordo militar intercoreano, que prometia eliminar ameaças práticas de guerra e relações fundamentalmente hostis da península coreana", disse o jornal.


Um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul rejeitou nesta segunda-feira a crítica da Coreia do Norte, dizendo se tratar de exercícios defensivos que envolvem unidades pequenas que não chegam nem ao tamanho de um batalhão.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, e o presidente norte-americano, Donald Trump, prometeram trabalhar pela desnuclearização durante cúpula histórica que realizaram em junho em Cingapura, onde Trump prometeu encerrar os exercícios militares conjuntos entre seu país e Seul.


Mas, o acordo foi escasso em detalhes, e as negociações evoluíram pouco desde então.

Na semana passada a Coreia do Norte cancelou um encontro planejado com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em Nova York "porque não estava pronta", disse a embaixadora dos EUA para a Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, na sexta-feira.


A mídia norte-coreana mencionou a reunião cancelada pela primeira vez no sábado, quando o site Chosun Sinbo noticiou que as conversas ainda podem ser produtivas, mas repetiu os alertas de que o país pode retomar o desenvolvimento de armas nucleares se Washington não fizer mais concessões.

Os maiores jogos de guerra para prontidão de combate já realizados dentro e nos arredores do Japão também ocorreram na semana passada, com o porta-aviões de propulsão nuclear norte-americano USS Ronald Reagan se unindo a destróieres japoneses e a um navio de guerra canadense no litoral do Japão, outro elemento central nos esforços para pressionar Pyongyang.

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