Coreia do Sul suspende execução da prisão de presidente afastado após seis horas de cerco
Yoon Suk-yeol tem desafiado a polícia há várias semanas e não sai da residência oficial desde o dia 12 de dezembro
Internacional|Do Estadão Conteúdo
A agência anticorrupção da Coreia do Sul desistiu de prender o presidente afastado do país, Yoon Suk-yeol, após seis horas de cerco à residência oficial. Homens do serviço secreto a serviço de Yoon bloquearam a entrada de agentes que cumpririam o mandado de prisão. O presidente afastado tem desafiado a polícia há várias semanas e não sai da residência oficial desde o dia 12 de dezembro, quando fez um pronunciamento na televisão em que afirmou que lutaria para não ser tirado do cargo.
Veja mais
Yoon Suk-yeol é acusado de rebelião e abuso de poder após tentar implantar uma lei marcial no país no início de dezembro. A justiça emitiu mandado de prisão depois dele rejeitar as convocações da polícia. Segundo a imprensa sul-coreana, o objetivo da ação era interrogar o presidente afastado. Ele poderia ficar sob custódia por 48 horas. O Tribunal Constitucional do país analisa o pedido de impeachment encaminhado pelo parlamento.
Relembre
No dia 3 de dezembro, Yoon declarou lei marcial no país e enviou tropas para cercar o Parlamento, dominado pela oposição. No dia 14 de dezembro, o presidente foi derrubado pelos parlamentares, em um processo de impeachment que teve apoio unânime. Desde então, o presidente afastado enfrenta acusações de rebelião, mas se recusa a ter contato com os investigadores do caso. Na terça-feira (31), um tribunal de Seul emitiu um mandado de prisão contra Yoon.
Ao permanecer na residência oficial da presidência, Yoon dificulta o trabalho da polícia, já que uma lei sul-coreana blinda locais que podem abrigar segredos militares.