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Coreias do Norte e do Sul acirram disputa para lançamento de satélites-espiões

Ditadura de Pyongyang e governo de Seul buscam aumentar infraestrutura militar e autonomia de inteligência

Internacional|Do R7

Lançamentos acontecerão nos próximos dias
Lançamentos acontecerão nos próximos dias

Tanto a Coreia do Sul quanto a Coreia do Norte pretendem lançar seus primeiros satélites-espiões em órbita até o fim deste mês, em uma disputa pela capacidade militar no espaço.

A Coreia do Norte notificou o Japão que planeja lançar um satélite entre quarta-feira e 1º de dezembro, após duas tentativas fracassadas de lançar satélites-espiões neste ano.

A Coreia do Sul, por sua vez, planeja enviar seu primeiro satélite de reconhecimento militar desenvolvido internamente para o espaço em 30 de novembro, em um foguete SpaceX Falcon 9 lançado da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia.

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Seul planeja usar a SpaceX para lançar mais quatro satélites-espiões até 2025 e tem testado o lançamento dos próprios foguetes de combustível líquido e sólido para enviar mais satélites civis e militares no futuro.


Um satélite de reconhecimento em funcionamento poderia dar à Coreia do Norte capacidade de monitorar remotamente as tropas americanas, sul-coreanas e japonesas, enquanto os satélites da Coreia do Sul reduziriam sua dependência dos sistemas de inteligência dos Estados Unidos.

"Ambas as Coreias se beneficiarão em diversos graus com a aquisição de recursos independentes de reconhecimento espacial", disse Ankit Panda, do Carnegie Endowment for International Peace, com sede nos EUA.

"Não há dúvida de que há um elemento de prestígio aqui também, para ambos os lados, mas os benefícios práticos são o principal motivador."

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Em setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, uma visita às modernas instalações de lançamento espacial da Rússia e prometeu ajudar Pyongyang a construir satélites.

As duas Coreias poderiam usar esses satélites para aumentar a capacidade de alerta antecipado, direcionamento militar e avaliações de danos em caso de guerra e comunicações, entre outros usos, disse Chun In-bum, um general aposentado do Exército sul-coreano.

As capacidades da Coreia do Sul são mais avançadas, mas ainda é preciso fazer mais progressos para ver os resultados, afirmou Chun.

"Para a Coreia do Sul, isso dará um impulso significativo em sua capacidade de vigilância, mas ainda serão necessários mais satélites", disse ele.

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