Cortejo por morte de general iraniano reúne multidão em Bagdá
Qasem Soleimani, líder da Guarda Revolucionária do Irã, foi morto em um ataque ordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump
Internacional|Do R7
Milhares de pessoas tomaram as ruas de Bagdá, neste sábado (4) para prestar as últimas homenagens aos líderes militares mortos em um ataque norte-americano na última quinta-feira (2).
Leia também: EUA realizam novo ataque e matam seis em base de milícia no Iraque
Entre os mortos estão o principal general do Irã, Qasem Soleimani, líder da Guarda Revolucionária do país, e o chefe da mílicia iraquiana, Abu Mahdi al-Muhandis.
A procissão fúnebre foi realizada no santuário do Imam Moussa al-Kadhim, na capital do Iraque.
Em alguns lugares, as pessoas colocam tapetes vermelhos enquanto aguardam a chegada dos corpos. E os caixões de Soleimani e al-Muhandis e de outras pessoas que morreram no ataque foram cobertos de preto e decorados com flores.
Segundo a rede de notícias norte-americana CNN, a atmosfera é altamente emocional, com as pessoas chorando e algumas cantando com raiva.
Ataque
Soleimani, al-Muhandis e outras cinco pessoas foram mortos em um ataque ao comboio em que estavam nas proximidades do aeroporto de Bagdá. O Pentágono confirmou a autoria do bombardeio e justificou que o "general Soleimani estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região".
Nesta sexta-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que o bombardeio foi um “aviso aos terroristas”.
“Se você dá valor a própria vida, você não vai arriscar contra a vida do povo americano”.
Vingança
O presidente do Irã, Hassam Rouhani, declarou que o ataque norte-americano foi um “ato covarde” e “outro sinal da frustração e desamparo da América na região”. Rouhani prometeu retaliação pelo ataque.
Nas ruas, milhares de iranianos se manifestaram em diferentes cidades do país, em protesto contra os Estados Unidos. No centro de Teerã, em frente à mesquita do complexo de Mosala, os manifestantes gritavam palavras de ordens como "morte aos EUA" e "morte a Israel", além de exigirem vingança por parte da Força Quds.