Crescimento da pobreza e miséria aumenta lista de problemas para o governo argentino
País tem hoje 13 milhões de pobres e indigentes; salários tiveram queda de 7% em 2016
Internacional|Do R7
Dados divulgados em relatório da UCA (Universidade Católica Argentina) sobre a situação social da Argentina colocaram o governo de Mauricio Macri em alerta: a pobreza e a indigência voltaram a aumentar no país e somam hoje 13 milhões de pessoas. O número representa 12,9% da população no país — no governo de Cristina Kirchner, os pobres eram 11,5 milhões, ou 12,6% da população.
Segundo informações do jornal Clarín, contribuíram para a situação a deterioração média dos salários em 2016, que tiveram uma queda de 7% e não aumentam desde novembro. Além disso, a inflação cresceu 2,5% neste começo de 2017.
Tantos dados alarmantes levaram o presidente argentino a se reunir com outros líderes políticos para estudar uma reorganização geral do Gabinete nacional. A ideia seria eliminar vários ministérios criados por Macri desde o início de seu governo.
Risco de hiperinflação na Argentina coloca governo Macri em estado de alerta
O anúncio representaria um gesto de austeridade para reconquistar a confiança de um governo já marcado por algumas imperícias.
Mauricio Macri também estuda a troca de alguns ministros. Um dos nomes cogitados para ingressar no Gabinete é Ernesto Sanz, membro da União Cívica Radical — partido político de classe média membro da Internacional Socialista. Ele ocuparia um cargo na União Industrial, onde especialistas creem que sua presença traria maior robustez ao governo. O chefe do Gabinete atualmente, Marcos Peña, é um dos que devem sair — o próprio governo teria mediado uma proposta para que ele saia e se candidate em outubro deste ano para as eleições do legislativo, de acordo com o Clarín.
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