Coreia do Sul

Internacional De Seul, dissidentes burlam lei e enviam panfletos contra Pyongyang

De Seul, dissidentes burlam lei e enviam panfletos contra Pyongyang

Grupo enviou 500 mil panfletos de propaganda contra Kim Jong-Un, 500 livros e 5 mil dólares em dinheiro

  • Internacional | Da AFP

Dissidentes burlam lei e enviam panfletos contra Pyongyang

Dissidentes burlam lei e enviam panfletos contra Pyongyang

Yonhap via EFE / EPA - 4.6.2020

Dissidentes norte-coreanos violaram algumas vezes esta semana uma lei que impede o envio, da Coreia de Sul, de panfletos de propaganda contra o vizinho do Norte.

Estes são os primeiros envios desde que o Parlamento sul-coreano aprovou em dezembro passado uma lei que proíbe a prática.

O grupo "enviou 500 mil panfletos, 500 livros e 5 mil dólares em dinheiro" em dez balões, lançados em duas ocasiões perto da zona desmilitarizada entre 25 e 29 de abril, relatou Park Sang-hak, presidente dos Combatentes por uma Coreia do Norte livre, grupo responsável pelas operações.

Enviados em balões, ou através de flutuadores nos rios da zona desmilitarizada que divide a península, este material de propaganda é, há muito, usado por militantes do Sul para denunciar o regime de Kim Jong-un e fazer suas mensagens chegarem aos habitantes do Norte. 

Essas práticas despertam a ira de Pyongyang, que as criticou com violência. Para manter a pressão diplomática, seu governo não hesitou em suspender um projeto de comunicação fronteiriça.

O Parlamento sul-coreano votou rapidamente uma lei que proíbe o envio para o Norte de panfletos, ou de pendrives. Este método costuma ser usado para transferir informações do exterior para um país praticamente isolado do mundo.

Aqueles que infringirem a lei podem ser condenados a uma pena de três anos de prisão, ou a pagar uma multa de 30 milhões de wons (em torno de R$ 143 mil).

A lei gera polêmica sobre o respeito à liberdade de expressão, e os Estados Unidos - um aliado da Coreia do Sul - disseram que coloca um "problema importante em matéria de direitos humanos", conforme relatório publicado em março.

Os norte-coreanos "têm o direito de saber a verdade, ainda que seus direitos humanos sejam violados pelo regime", declarou Park, criticando a lei que, segundo ele, "amordaça" os sul-coreanos.

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