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Decisão de enviar mísseis Tomahawk à Ucrânia é delicada para os EUA, diz especialista

Vice-presidente afirmou que o país avalia fornecer armamentos de longo alcance que colocariam Moscou ao alcance do arsenal ucraniano; decisão final é de Trump

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Os EUA consideram enviar mísseis Tomahawk à Ucrânia, segundo o vice-presidente J.D. Vance.
  • A decisão final sobre o envio dos armamentos é do presidente Donald Trump e pode intensificar o conflito com a Rússia.
  • Especialistas alertam que fornecer esses mísseis pode ser interpretado como um ato de aliança entre EUA e Ucrânia contra a Rússia.
  • A Rússia advertiu que analisará a origem dos alvos dos mísseis caso sejam usados contra seu território.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O acesso aos armamentos, que depende de decisão final de Donald Trump, colocaria Moscou sob cobertura do arsenal ucraniano Reprodução/Record News - 29.09.2025

O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, disse neste domingo (28) que o país considera enviar mísseis Tomahawk, que possuem alcance superior a 2.500 km, à Ucrânia. O acesso aos armamentos, que depende de decisão final do presidente Donald Trump, colocaria Moscou sob cobertura do arsenal ucraniano.

Em entrevista ao Conexão Record News, Paulo Velasco, professor de política internacional, chama de “delicado” o passo que pode ser dado se os norte-americanos fornecerem os mísseis. O líder russo, Vladimir Putin, já disse que os países ocidentais que fornecerem informação para permitir que a Ucrânia dispare mísseis em território russo se tornarão parte direta da guerra.


“É uma decisão complicada para Washington [...]. Qualquer apoio mais contundente de Washington, enviando armamento estratégico sensível como esse, poderia levar a Rússia a entender que os Estados Unidos estão aliados da Ucrânia na guerra e passam a ser, portanto, inimigos também nesse conflito”, diz o especialista.

Velasco pontua que Trump, até o momento, se esquivou de tomar uma decisão direta nesse sentido. “Ele sabe os riscos que significa, ele sabe que pode ser uma linha vermelha ultrapassada em um momento também que temos visto inclusive a Rússia usando drones invadindo o espaço aéreo de país da Otan, como vimos na Polônia há alguns poucos dias. Então é um momento tenso”, destaca.


Após a declaração de Vance, a Rússia disse que vai analisar se algum míssil fornecido à Kiev utilizou alvos e inteligência determinados por outros países. No entanto, o professor não acredita que Putin encararia um conflito direto contra algum país membro da Otan, composta por 32 nações orientadas por um princípio de defesa coletiva.

“Embora ele seja muitas vezes retratado como um personagem impulsivo, ele age sempre a partir de cálculos muito cuidadosos, avaliando custos e oportunidades”, afirma Velasco. O ataque de algum país membro da aliança, defende, “levaria a um conflito de proporções muito mais amplas, com resultados possivelmente apocalípticos, catastróficos para o mundo inteiro”.

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