Defensores do Brexit protestam na frente do parlamento britânico
Milhares de manifestantes se reuniram diante do prédio do Parlamento em Londres, pedindo pressa na saída do Reino Unido da União Europeia
Internacional|Da EFE
Milhares de defensores do Brexit se manifestaram nesta sexta-feira na frente do parlamento britânico para pedir a efetivação do resultado do referendo de junho de 2016, quando a maioria dos ingleses votou pela saída da União Europeia (UE).
Alguns manifestantes partiram a pé há duas semanas da cidade inglesa de Sunderland, no norte da Inglaterra, em uma marcha que chegou a Londres hoje, dia previsto para que o Reino Unido rompesse laços com o bloco comunitário.
O governo, no entanto, pediu uma prorrogação até 12 de abril para deixar a UE. É provável que nesse dia a saída seja materializada se não houver um acordo para a ruptura em uma data mais adiante.
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O parlamento rejeitou hoje pela terceira vez o tratado negociado com Bruxelas pela primeira-ministra, a conservadora Theresa May.
O ativista de extrema-direita Tommy Robinson se dirigiu à multidão reunida diante do Palácio de Westminster, sede das câmaras parlamentares britânicas, para criticar a postura de May.
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Robinson é fundador da Liga de Defesa Inglesa, um grupo que define como seus objetivos a luta "contra a islamificação global" e contra a "imigração descontrolada de qualquer tipo".
"Theresa May perdeu a votação. Muita gente está se perguntando o que isso quer dizer. Quer dizer que nos traíram", disse diante dos manifestantes o ativista, que, além disso, assessora o Partido de Independência do Reino Unido (UKIP).
"Supostamente, hoje era o dia da nossa independência", acrescentou Robinson, cujo perfil Facebook foi fechado em fevereiro por "incitar violência contra pessoas com base na raça, etnia ou origem nacional".
Quem também esteve presente no evento foi o deputado conservador Peter Bone, um dos membros da facção eurocética da legenda da primeira-ministra que pouco antes tinha votado contra o acordo defendido pelo governo.
"Decidimos sair (da UE), não sair com um acordo. A primeira-ministra disse 108 vezes na Câmara dos Comuns que sairíamos hoje, em 29 de março. Não cumpriu com sua palavra e essa é a razão pela qual não votei a favor de seu fraudulento plano do Brexit", ressaltou Bone.