Democratas põem fim à regra de paletó e gravata no Senado dos Estados Unidos
A republicana Susan Collins foi irônica e disse a um canal de televisão que estava pensando em ir trabalhar de biquíni
Internacional|Do R7
Os senadores dos Estados Unidos poderão a partir de agora se vestir como quiserem, depois que os democratas acabaram com a regra do paletó e gravata, uma mudança que não agradou a todos.
O líder da maioria democrata, Chuck Schumer, informou que já não é necessário adotar o código de vestimenta não escrito, cujo fim foi anunciado no último domingo (17). Alguns congressistas, principalmente republicanos, consideraram a decisão uma afronta ao decoro.
As regras se aplicam a todos, mas caíram como uma luva para o senador democrata John Fetterman, que gosta de shorts e moletons, um estilo esportivo que se tornou sua marca registrada na campanha eleitoral para o Senado.
Chuck Schumer informou que os senadores poderão se vestir como quiserem, mas que ele continuará usando terno.
A republicana Susan Collins foi irônica ao dizer ao canal NBC que estava pensando em ir trabalhar de biquíni. “Acho que deveríamos manter uma certa dignidade no Senado, e acabar com o código de vestimenta, para mim, degrada a instituição”, criticou.
"Bar esportivo"
O senador republicano Bill Hagerty disse ao Fox Business que a medida "é mais um passo no movimento dos democratas para transformar os Estados Unidos, para nos levar a um lugar muito menos respeitoso do que temos sido historicamente”. Já a republicana pelo Wyoming Cynthia Lummis considerou que a decisão “desonra” uma instituição de prestígio.
“Em respeito, deveríamos ter um pouco de decoro”, opinou o senador do Kansas Roger Marshall. Seu colega de Dakota do Norte Kevin Cramer denunciou o que chamou de "tentativa de tornar o Senado dos Estados Unidos um bar esportivo".
Para John Fetterman, a decisão é positiva, uma vez que "dá um pouco mais de liberdade” a uma Câmara onde a média de idade supera os 65 anos.
Tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado relaxaram os regulamentos nos últimos anos para que as mulheres pudessem usar vestidos sem mangas. Em 2019, a Câmara autorizou cobrir a cabeça por motivo religioso, para permitir o véu islâmico usado pela congressista Ilhan Omar.
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