Candidato opositor venezuelano lamenta desistência do TSE em observar as eleições
Em declaração, Edmundo González afirmou que cancelar o envio dos servidores ao país era um ‘sinal ruim’
Internacional|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília, e Raul Dias Filho, da RECORD
Em meio à desistência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em mandar servidores para acompanhar as eleições na Venezuela, o principal candidato da oposição no país, Edmundo González Urrutia, lamentou a decisão do tribunal e afirmou ser “um sinal ruim”. A ida dos observadores foi cancelada após declarações do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sobre as urnas brasileiras.
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Segundo a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, em razão das “falsas declarações contra as urnas eletrônicas brasileiras”, a Corte não enviará técnicos para atender ao convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral do país para acompanhar as eleições do próximo domingo (28).
As declarações de González foram feitas nesta quinta-feira (25) durante uma coletiva ao lado da líder opositora María Corina Machado. “Lamentamos que não venham presenciar as eleições [TSE], assim como a ausência, a pedido do governo, de Alberto Fernández. Isso é um sinal ruim”, disse. Em meio à tensão na Venezuela, o governo desconvidou o ex-presidente argentino Alberto Fernández a acompanhar as eleições no país.
Em contrapartida, o governo brasileiro vai manter a ida do assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, para acompanhar as eleições.
TSE e Venezuela
Na quarta-feira (24), a ministra Cármen Lúcia respondeu às declarações de Maduro, que criticou o sistema eleitoral brasileiro durante comício. O presidente venezuelano afirmou, sem provas, que os resultados das urnas eletrônicas do Brasil não são auditados.
Em nota, a presidente do TSE afirmou que a Justiça Eleitoral brasileira “não admite que, interna ou externamente, por declarações ou atos desrespeitosos à lisura do processo eleitoral brasileiro, se desqualifiquem com mentiras a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil”.